Um experimento ainda pequeno no cerrado, demonstra que a polinização das abelhas no cafezal melhora a produtividade e a qualidade da bebida, nos informa Guilherme Amado da operação de café Nespresso, 18% a mais na colheita, cerca de 8 a 9 sacas adicionais.

Essa experiência reúne a Nespresso, Grupo Nestle, com uma iniciativa brasileira de uma startup Agrobee, conhecida como a Uber das abelhas. Guilherme Sousa, um dos sócios da Agrobee, explica: “a gente trabalha com uma rede de apicultores parceiros e atualmente temos mais de 30 mil colmeias. Trabalhamos com 3 pilares: produtividade, o serviço tem que se pagar com o aumento da colheita; sustentabilidade, pois aumenta a produtividade sem aumentar as pegadas de carbono e a hídrica; e o pilar da responsabilidade social, trabalhando com apicultores regionalizados gerando nova fonte de empreendedorismo e renda”.

O valor da polinização natural no Brasil foi estimado em R$ 48 bilhões em 2018.Nos Estados Unidos o valor do serviço de polinização, que é pago pelo agricultor através do aluguel de colônias, alcançou US$ 319 milhões em 2017.

A Nespresso está desenvolvendo experiências com a polinização do café, utilizando este serviço com apicultores via o aplicativo Agrobee. Quando o Brasil se apresenta ao mundo como um celeiro de alimentos, objetivando assumir a posição de maior exportador do planeta, não podemos mais pensar como no passado – originadores de commodities sem explicar quais valores norteiam essa produção.

Agora indo ao futuro, não existe mais commodity como antigamente. Para ser bom e adquirido pelo mercado tudo dependerá da palavra “depende”: quem fez, como fez, por que fez? Sustentabilidade, saúde e responsabilidade decidem os novos campeões desse jogo.

Café polinizado com abelhas. Inovador, faz bem pra todos e ainda melhora a rentabilidade.