Laticínios

O Boletim do Leite do Cepea de janeiro já está disponível

Nesta edição, confira:


Publicado em: 19/01/2022 às 11:30hs

O Boletim do Leite do Cepea de janeiro já está disponível
“Preço fecha 2021 com recuo de 9,4%; cenário para 2022 é desafiador”

O preço do leite pago ao produtor em dezembro, referente à captação de novembro, fechou a R$ 2,1210/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea, recuos de 3,7% frente a novembro/21 e de 9,4% em relação ao mesmo período de 2020, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de dezembro/21). 

“2021: ano desafiador para a indústria de laticínios”

A oferta limitada de leite no campo, a competição entre laticínios para assegurar a compra da matéria-prima e o enfraquecimento da demanda por lácteos marcaram a pecuária leiteira em 2021. Pesquisas realizadas pelo CEPEA, com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), indicam que as médias dos preços do leite UHT, do queijo muçarela e do leite em pó (400gr) negociados no atacado do estado de São Paulo entre janeiro e dezembro de 2021 fecharam em R$ 3,43/litro, R$ 26,28/kg e R$ 24,80/kg, respectivamente, 0,6%, 0,4% e 7% acima das médias de 2020, em termos reais (deflacionados pelo IPCA de dez/21). 

“Em 2021, exportações de lácteos aumentam 19%; importações recuam 21%”

Em 2021, o cenário internacional do setor lácteo foi marcado pela elevação dos volumes exportados e redução das importações. Esse cenário é resultado principalmente do alto patamar da moeda norte-americana e da crescente perda do poder de compra do consumidor brasileiro. Segundo dados da Secex, os embarques nacionais de produtos lácteos totalizaram 38,8 mil toneladas em 2021, avanço de 19% em relação a 2020 e o maior volume desde 2016. 

“Cenário externo e alta do dólar impulsionam custos em quase 19% no ano”

O COE (Custo Operacional Efetivo) da pecuária leiteira avançou 18,67% em 2021 na “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP) e, entre novembro e dezembro, especificamente, a alta foi de 0,84%. Os grupos de custos que apresentaram aumentos mais significativos no ano foram adubos e corretivos (79,85%), combustíveis (53,28%) e suplementação mineral (32,37%).