Publicado em: 14/04/2021 às 11:50hs
Mercado em março
O mês de março foi marcado por quedas nos preços do suíno vivo e da carne. Na ponta final, a demanda pela proteína suína esteve fraca, especialmente devido a medidas de isolamento para conter o avanço da pandemia da covid-19, que diminuiu a liquidez e fez com que indústrias limitassem as aquisições de novos lotes de animais para abate.
Enquanto as vendas domésticas de carne suína estiveram enfraquecidas ao longo de março, as exportações da proteína apresentaram desempenho recorde no mês. Segundo dados da Secex, o Brasil embarcou 96,8 mil toneladas de carne suína in natura em março, aumento de 35,4% frente a fevereiro, significativos 53% acima do volume escoado em março/20 e um recorde, considerando-se a série da Secretaria, iniciada em 1997.
O poder de compra dos suinocultores paulistas frente ao farelo de soja se recuperou um pouco de fevereiro para março. Apesar dessa reação, a situação foi a pior para um mês de março e uma das mais desfavoráveis de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2004. Já em relação ao milho, o poder de compra do suinocultor seguiu caindo pelo sexto mês consecutivo.
Influenciados pela baixa demanda no mercado doméstico, especialmente por conta das medidas de isolamento para diminuir o avanço da covid-19, os preços médios da carne suína caíram de fevereiro para março. Já os valores das principais carnes concorrentes, bovina e avícola, registraram leve alta na mesma comparação. Esse cenário elevou, novamente, a competitividade da proteína suína, já que resultou em aumento na diferença em relação à carcaça casada bovina e em redução no intervalo frente ao frango resfriado.
Fonte: CEPEA
◄ Leia outras notícias