Segundo o Ministério, após gestões do lado brasileiro, o governo chinês, por meio da General Administration of Customs People’s Republic of China (GACC), retomou a análise de pedidos de habilitação. “Esse trabalho havia sido suspenso desde o início da pandemia, em virtude de a necessidade desse órgão dedicar seus quadros a atividades relacionadas a prevenção e controle da pandemia”, disse o Mapa.

Ainda segundo o Mapa, para dar continuidade ao processo, o governo chinês solicitou a atualização das informações técnicas apresentadas pelas empresas brasileiras, incluindo controles implementados para prevenção da Covid-19. No momento, há 56 plantas frigorificas que aguardam análise para habilitação pelo governo chinês e precisarão ter suas informações técnicas atualizadas.

O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, entende que o processo mais demorado para as habilitações decorre de mudanças na legislação chinesa, levando os frigoríficos brasileiros a terem de adequar seus formulários. “No entanto, isso não interfere em nada nos frigoríficos que já estão habilitados. É apenas uma burocracia a mais para quem quiser contar com essa habilitação”, pontua.

Procurada pela Agência SAFRAS, a Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo), por meio de sua assessoria de imprensa, ratificou a nota divulgada pelo Mapa, ressaltando que as empresas não estão se manifestando por ser uma negociação “bem delicada”.

A Agência SAFRAS buscou contato com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), mas não obteve retorno.