Soja

Legumes e óleo de soja puxam alta de preços em setembro no Sudeste, aponta levantamento da Neogrid

Oscilações climáticas e custos agrícolas mantêm pressão sobre alimentos, enquanto laticínios e carnes indicam início de estabilidade no consumo


Publicado em: 04/11/2025 às 10:40hs

Legumes e óleo de soja puxam alta de preços em setembro no Sudeste, aponta levantamento da Neogrid
Óleo de soja e legumes lideram aumentos em setembro

O preço do óleo de soja e dos legumes voltou a subir em setembro, impulsionado por custos agrícolas mais altos e pelas condições climáticas irregulares. Segundo o estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, da Neogrid, o valor médio do óleo de soja aumentou 6%, passando de R$ 8,75 em agosto para R$ 9,28.

Além do encarecimento do óleo, o levantamento mostra que outros itens ligados ao setor agrícola também registraram avanço. O café, em pó ou em grãos, subiu 4,4%, com o preço médio indo de R$ 73,75 para R$ 76,98, enquanto os legumes tiveram alta de 4,2% e a cerveja, de 3,9%.

Soja e café seguem pressionados por clima e demanda

De acordo com o relatório, o mercado da soja continua sendo influenciado pela firme demanda internacional e por diferenças regionais no ritmo de plantio da safra 2025/26. No Paraná, o avanço é mais acelerado, mas o Centro-Oeste e o Sudeste ainda enfrentam lentidão nas atividades devido à escassez de chuvas.

O café, por sua vez, deve continuar em alta nos próximos meses. A líder de Dados Estratégicos da Neogrid, Anna Carolina Fercher, explica que o setor ainda sente os efeitos da quebra de safra e da volatilidade dos preços internacionais.

“A expectativa é que alimentos e bebidas tenham uma desaceleração mais consistente nos preços, mas o café deve seguir pressionado no curto prazo”, destacou Fercher.

Laticínios e carnes mostram sinais de alívio

Apesar das altas em produtos agrícolas, algumas categorias registraram queda de preços em setembro, trazendo um alívio parcial ao consumidor. Os queijos recuaram 2,6%, com o valor médio passando de R$ 52,47 para R$ 51,13, enquanto as carnes suínas tiveram queda de 1,6%.

Itens de consumo básico, como leite UHT, leite em pó e pão, também apresentaram recuos inferiores a 1%, refletindo uma maior estabilidade na oferta e nos estoques.

Café lidera as maiores altas acumuladas de 2025

No acumulado de dezembro de 2024 a setembro de 2025, o café se mantém como o produto com a maior alta de preço, acumulando 43,7% de valorização. O valor médio saltou de R$ 53,58 para R$ 76,98 no período.

Na sequência do ranking aparecem margarina (9,4%), creme dental (9,3%), refrigerantes (4,5%) e cerveja (3,1%), mostrando que a pressão inflacionária segue atingindo tanto alimentos quanto itens de consumo diário.

Sudeste tem maiores aumentos em legumes e óleo de soja

Entre as regiões do país, o Sudeste se destacou pelas maiores altas de setembro. Os legumes tiveram aumento de 6,6%, seguidos pelo óleo de soja (6,5%), cerveja (3,9%), detergente líquido (3,8%) e refrigerante (3%).

Por outro lado, os principais recuos foram observados em leite UHT (-1,9%), carne suína (-1,8%), queijos (-1,7%), feijão (-0,7%) e ovos (-0,6%), o que indica um cenário de ajuste gradual nos preços básicos de alimentação.

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias