É verdade que em 2016 essa harmonia foi rompida em consequência da quebra de safra do milho. Então, comparativamente a dezembro de 2015, a principal matéria-prima do frango chegou a atingir preços mais de 40% superiores, enquanto frango vivo e abatido viam seus preços retrocederem.

Em maio de 2016, por exemplo, o frango vivo registrou preços quase 20% menores que os do último mês do ano anterior. Ou seja: a amplitude “zero” registrada em dezembro/15, cinco meses depois ultrapassava os 60 pontos percentuais.

De toda forma, na média dos quatro anos decorridos entre 2016 e 2019 as diferenças foram minimizadas comparativamente aos desafios enfrentados no ano de quebra de safra. Assim, frente a uma evolução média de 8% no preço do milho, o frango abatido registrou evolução próxima de 4% e só o frango vivo permaneceu com evolução negativa – na média, 6% a menos que em dezembro de 2015.

Mas em 2020 a evolução de preços do milho ultrapassa todos os níveis suportáveis. Dessa forma, tomando-se como base, ainda, o índice “100” de dezembro de 2015, enquanto o frango vivo registra evolução próxima de 49% e o abatido de 61%, a evolução de preços acumulada pelo milho ultrapassa agora os 120%. Ou seja: amplitude de preços entre frango vivo e milho, que em maio de 2016 foi de 63 pontos percentuais, agora supera os 73 pontos percentuais.