Publicado em: 20/07/2021 às 18:20hs
O Banco Central da Nigéria disse em abril que não forneceria mais moeda estrangeira para importadores de açúcar e trigo, uma vez que o país tenta conservar as reservas nacionais em dólares e estimular a produção local.
Em uma circular datada de 16 de julho, o departamento de comércio e câmbio do banco central disse que Dangote, que é propriedade do homem mais rico da África, Aliko Dangote, além de Bua Sugar Refinery e Golden Sugar Company seriam as únicas autorizadas a importar açúcar e teriam acesso a dólares oficiais concessionários.
O banco central justificou sua decisão dizendo que as três empresas, embora ainda não atendessem à demanda, haviam feito "progresso razoável" na produção de açúcar refinado localmente, mas disseram que ainda teriam que pedir permissão para compras.
“Os revendedores autorizados não devem abrir os Formulários M ou acessar o câmbio no mercado da Nigéria para qualquer empresa ou as três listadas acima para a importação de açúcar sem a aprovação prévia e expressa do Banco Central da Nigéria”, disse o banco, referindo-se ao documento estatutário obrigatório que todos os importadores de mercadorias para a Nigéria devem preencher.
A mudança poderia efetivamente criar um oligopólio no negócio de importação de açúcar, já que outras empresas não terão acesso aos dólares dos negociantes oficiais.
O país mais populoso da África e sua maior economia dependem das importações para alimentar seus 200 milhões de habitantes. O banco central restringiu o acesso em 2015 ao câmbio estrangeiro para 41 itens que, segundo ele, podem ser produzidos localmente, e foi gradualmente adicionado à lista desde então.
Fonte: Reuters
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