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Tétano em Equinos: Quais os riscos?

Com uma taxa de mortalidade que pode atingir 80% dos animais acometidos, a prevenção ainda é a maior aliada no combate à enfermidade


Publicado em: 20/03/2024 às 13:20hs

Tétano em Equinos: Quais os riscos?
Foto: Gustavo Rafael

O tétano é considerado uma doença tóxica infecciosa, que acomete os animais domésticos e seres humanos, e que ocorre pela ação das toxinas produzidas pelo Clostridium tetani, bactéria Gram-positiva presente mundialmente e encontrada no ambiente nas formas vegetativa ou esporulada.

Sua alta taxa de letalidade e o longo período de convalescência coloca o tétano com uma das principais doenças da medicina veterinária, sendo os equinos a espécie mais acometida pela doença.

“Os equinos são particularmente suscetíveis ao tétano, especialmente aqueles envolvidos em atividades de trabalho, nos quais ferimentos perfuro-cortantes são mais comuns. O tétano pode se desenvolver quando as bactérias entram em feridas, criando condições anaeróbias favoráveis à sua multiplicação e produção de toxinas. Os sinais clínicos característicos incluem rigidez muscular, espasticidade, dificuldade de mastigação e até mesmo dispneia”, esclarece Camila Senna, médica- veterinária e coordenadora técnica de equinos da Ceva Saúde Animal.

Qualquer equino que possa ter alguma ferida aberta é susceptível ao tétano. A doença não é contagiosa, ou seja, não passa de um animal ao outro, mas a bactéria causadora é encontrada facilmente na microbiota intestinal dos animais e no solo, principalmente terra, onde é capaz de sobreviver por muitos anos na sua forma esporulada, “inativa”.

Quando o animal se machuca, principalmente naqueles pequenos ferimentos ou arranhões comuns que acontecem nas patas causados por esporas, arames, ou até mesmo cravo de ferraduras, a bactéria pode ser inserida dentro do ferimento e iniciar a produção de toxinas que atuam inibindo o relaxamento muscular dos animais, deixando-os com uma aparência rígida ou travada.

O período de incubação bacteriana pode variar de 3 dias a 3 semanas, dependendo da quantidade de neurotoxina produzida, sua toxigenicidade e a quantidade de toxina circulante. Os sinais e sintomas da doença iniciam, em geral, entre 7 e 15 dias após a contaminação.

O diagnóstico é, geralmente, baseado nos sintomas clínicos e no histórico do animal, como ferimentos recentes ou procedimentos cirúrgicos. Exames complementares, como culturas de secreção da ferida e testes sorológicos, podem auxiliar no diagnóstico preciso. O prognóstico do tétano em equinos é implacável, 8 em cada 10 animais afetados pela doença podem ir a óbito, especialmente se o tratamento não for iniciado prontamente.

“O tratamento visa eliminar a infecção com antibióticos, controlar os sintomas com relaxantes musculares e neutralizar as toxinas com a administração de antitoxina tetânica. No entanto, a prevenção é fundamental. A imunização vacinal é a melhor maneira de proteger os equinos contra o tétano”, explica Camila.

Uma única dose anual após uma primovacinação correta com 2 doses, ajuda o organismo do animal a se proteger contra as toxinas tetânicas e suas consequências. A Ceva tem o orgulho de ter em seu portfólio a Tri-Equi®, vacina tríplice recomendada para equinos sadios na prevenção do tétano, da encefalomielite viral equina e da influenza equina I e II.

“Vale ressaltar que os animais vacinados que apresentam ferimentos podem receber reforço vacinal para estimular a resposta dos anticorpos. Além disso, o manejo adequado dos ferimentos acidentais nos equinos, como a higienização com soluções antissépticas apropriadas, auxilia evitando a proliferação de bactérias e um possível ambiente anaeróbico favorável para proliferação do Clostridium tetani”, finaliza Camila.

Fonte: Ceva Saúde Animal

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