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Venda de etanol cresce 22,1% em 2013, apontam distribuidoras

A venda de etanol pelas empresas associadas ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) cresceu 22,1% em 2013, na comparação com o ano anterior, informa o Anuário Estatístico 2014, divulgado nesta quinta-feira (31) pelo sindicato


Publicado em: 01/08/2014 às 19:40hs

Venda de etanol cresce 22,1% em 2013, apontam distribuidoras

O Sindicom representa 80% do mercado distribuidor do país.

As empresas associadas (Petrobras, Air BP, Ipiranga, Ale e Raízen) venderam 98,6 bilhões de litros de combustível em 2013, um aumento de 5,7% na comparação com 2012, conforme mostra o anuário, no qual constam os principais dados sobre os setores de combustíveis, lubrificantes e lojas de conveniência no país.

A retomada das vendas de etanol é destaque no anuário. Para o sindicato, o preço favorável, o crescimento da oferta e a desoneração das contribuições federais de PIS/Cofins na produção e distribuição do combustível foram alguns dos fatores que alavancaram as vendas.

A venda de gasolina, em 2013, registrou crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior, mantendo a tendência de alta registrada desde o início da década passada.

Segundo o Sindicom, o consumo do de gasolina continuou estimulado pelo aumento da renda, mas teve ritmo de expansão menor do que em 2012, ano em que atingiu 12%, principalmente pela retomada de competitividade do etanol hidratado.

Lubrificantes e diesel

O Sindicom destaca ainda o "crescimento considerável" do segmento de lubrificantes, que teve um aumento de 6,9% em 2013.

Segundo o balanço, a tendência mundial no mercado de lubrificantes vem sendo acompanhada de forma consistente pelo Brasil, em função do lugar de destaque que o país ocupa no ranking global do setor automotivo.

Além disso, pelo fato de a legislação brasileira de defesa do meio ambiente ser uma das mais avançadas e exigentes do mundo, as montadoras têm nesses padrões de proteção ambiental um estímulo adicional para desenvolver motores cada vez mais eficientes, que requerem óleos lubrificantes de melhor desempenho.

O anuário mostra que a demanda por diesel tem superado as expectativas do mercado e, com folga, o desempenho do PIB: em 2013, subiu 4,6% em relação ao ano anterior. Sem contar o consumo atípico das termelétricas complementares a diesel, acionadas devido à falta de chuva neste ano, a procura no mercado consumidor variou apenas 1,9%.

GNV em recuo

A procura por gás natural veicular (GNV) manteve a trajetória de declínio, pelo sexto ano consecutivo, com recuo de 3,9% em relação ao volume demandado em 2012, mostra o anuário.

"Desde 2008, quando eclodiu a crise de abastecimento gerada por problemas na importação da Bolívia, o mercado do GNV vem sofrendo aumento de preços e restrições à oferta. As vendas passaram a refletir a intranquilidade dos consumidores em relação ao futuro do GNV na matriz energética da frota automotiva", diz a publicação.

Segundo o Sindicom, as vendas de querosene de aviação (QAV) tiveram a primeira queda após dez anos de crescimento de quase 80%, período em que o aumento da renda incentivou a procura pelo transporte aéreo. Em 2013, alguns fatores levaram as companhias a elevarem os valores das passagens: a variação cambial, que influencia os custos de combustíveis; leasing e manutenção das aeronaves; e aumentos das passagens, que reduziram o ritmo da demanda por viagens. Como resultado, afirma a publicação do Sindicom, as vendas de QAV apresentaram redução de 0,9% em relação ao ano anterior.

Lojas de conveniência

De acordo com a publicação, as lojas de conveniência acompanharam o crescimento dos demais segmentos: o número de lojas das associadas ao Sindicom cresceu 14,6%, o que representa um aumento de 16,8% no faturamento, em relação a 2012.

Também é apresentado no Anuário o novo perfil de consumo relacionado à participação do público feminino na conveniência - que passou de 28% para 35% entre 2006 e 2012, segundo a consultoria Enfoque e Pesquisa de Marketing.

Fonte: Portal G1

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