Mercado Florestal

Valor da produção primária florestal cresce 0,8% e alcança R$ 18,5 bilhões

A silvicultura respondeu por 76,1% desse total, enquanto o extrativismo vegetal teve participação de 23,9%


Publicado em: 03/10/2017 às 20:00hs

Valor da produção primária florestal cresce 0,8% e alcança R$ 18,5 bilhões

O valor da produção primária florestal brasileira alcançou R$ 18,5 bilhões em 2016, um crescimento de 0,8% em relação ao ano anterior, segundo o levantamento Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2016 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A silvicultura respondeu por 76,1% desse total, enquanto o extrativismo vegetal teve participação de 23,9%.

Os produtos madeireiros representaram juntos 89,8% do valor de produção do setor florestal brasileiro, o equivalente a R$ 16,6 bilhões. No extrativismo vegetal, os produtos madeireiros concentraram 64,5% do valor total obtido, mas tiveram a maior retração anual entre os itens levantados na pesquisa, 10,7%. Foram registradas quedas na produção extrativa de carvão vegetal (-31,7%), lenha (-7,4%) e madeira em tora (-7,0%).

"Este fenômeno acontece principalmente em resposta à legislação ambiental vigente e ao maior controle dos órgãos fiscalizadores, assim como a sensível redução de mão de obra disponível para atuar na atividade extrativa, fatores que reduzem ano a ano a participação da extração vegetal nos valores absolutos da produção madeireira", apontou o IBGE.

Na silvicultura, os produtos madeireiros responderam por 97,7% do valor de produção em 2016. O segmento de madeira para papel e celulose cresceu 7,7% ante 2015, somando R$ 5,2 bilhões no ano de 2016, valor que representa 37,1% do produzido nas áreas de florestas plantadas brasileiras.

A Região Sudeste deteve o maior volume de produção de carvão vegetal oriundo de áreas plantadas (82,2%), enquanto a Região Sul ficou com a maior participação na produção de lenha (64,2%), madeira para produção de papel e celulose (33,2%) e madeira em tora para outras finalidades (62,6%).

Entre os produtos não madeireiros do extrativismo, o grupo dos Alimentícios obteve a maior participação no valor de produção (71,9%), seguido pelas Ceras (13,5%), Oleaginosos (7,4%), Fibras (7,0%) e demais grupos (0,4%).

O açaí manteve a liderança no valor de produção entre os extrativos não madeireiros, com R$ 539,8 milhões, crescimento de 12,4%, apesar da queda de 0,2% na produção em si.

"O aumento dos preços do produto foi responsável pelo incremento no valor de produção levantado pela pesquisa, uma vez que a produção se manteve estável no período", justificou o IBGE.

A erva-mate teve o segundo maior valor de produção entre os produtos não madeireiros do extrativismo, com R$ 398,8 milhões, seguido pelo pó cerífero de carnaúba, com R$ 187,5 milhões, e pela castanha-do-pará, com R$ 110,1 milhões.

Dos 37 produtos da extração vegetal levantados pela pesquisa, apenas nove apresentaram crescimento em relação ao ano anterior. O destaque foi a fibra de piaçava, que deteve 96,0% do valor absoluto do grupo de Fibras, com crescimento de 1,9% em 2016 ante 2015.

Outros 23 itens apresentaram queda na produção em 2016, com destaque para o açaí (-0,2%), o pó cerífero de carnaúba (-10,1%) e a castanha-do-pará (-14,7%), que figuram entre os quatro produtos com maior valor de produção no ano. As culturas foram afetadas pelas condições climáticas desfavoráveis e escassez de mão de obra para a extração, justificou o IBGE.

Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

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