Biotecnologia

Tecnologias para o combate a insetos de importância agronômica e para a saúde pública

O 25º Congresso Brasileiro de Entomologia (CBE), evento que acontece até quinta-feira no Centro de Convenções de Goiânia (GO), contará amanhã, dia 16 de setembro, com apresentações sobre novas tecnologias de combate a insetos de importância agronômica


Publicado em: 17/09/2014 às 12:20hs

Tecnologias para o combate a insetos de importância agronômica e para a saúde pública

O 25º Congresso Brasileiro de Entomologia (CBE), evento que acontece até quinta-feira no Centro de Convenções de Goiânia (GO), contará amanhã, dia 16 de setembro, com apresentações sobre novas tecnologias de combate a insetos de importância agronômica, como a mosca branca e o bicudo do algodoeiro, e para a saúde pública, o aedes aegypt.

Acerca da mosca branca, professores e pesquisadores da Universidade de São Paulo, Universidade Estadual Paulista e Universidade Estadual de Ponta Grossa irão abordar em um simpósio quais as medidas para se controlar o inseto e, por consequência, as viroses transmitidas por esta praga, que se alastrou pelo País no início da década de 1990, causando prejuízos em diversas culturas, como tomate, feijão e abóbora.

Já o combate ao bicudo do algodoeiro será abordado em uma série de palestras, reunindo especialistas no assunto das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Essa praga é capaz de destruir até 70% da lavoura em uma única safra. O bicudo do algodoeiro é o inseto de maior incidência e com o maior potencial de dano nessa cultura.

Por fim, será tratado por Neil Morrison, representante de uma empresa do setor privado, uma alternativa de combate ao mosquito da dengue, ou seja, a produção de insetos aedes machos transgênicos que, ao cruzarem, geram descendentes que morrem antes de completar a idade adulta.

Abertura das atividades

Nesta segunda-feira, primeiro dia de trabalho do 25º Congresso Brasileiro de Entomologia (CBE), as abelhas foram destaque no encontro, com o tema Síndrome do Colapso da Colônia, designação conhecida em inglês como Colony Collapse Disorder (CCD).

Em 2006, apicultores nos Estados Unidos começaram a notar que suas colônias de abelhas estavam desaparecendo. Cientistas investigaram e comprovaram o acontecimento. Oito anos depois, o sumiço continua acontecendo aos poucos e se expandiu para a Europa, Ásia e América Latina, inclusive, o Brasil.

A causa do desaparecimento paulatino das abelhas não foi definida e ainda intriga os pesquisadores. A hipótese destacada pode ser o uso de pesticidas, especialmente os neonicotinóides, uma das classes mais utilizadas por agricultores para matar as pragas, mas que também mata os polinizadores.

Para debater essas questões, houve o simpósio: “Abelhas nos Agroecossistemas”, com a participação de Márcio Freitas (IBAMA), que discorreu sobre o processo de reavaliação dos neonicotinóides; Silvia Fagnani, que apresentou as ações da indústria de defensivos agrícolas destinadas ao assunto; o pesquisador Décio Gazzoni, que expôs o tema do impacto de neonicotinóides sobre abelhas e outros polinizadores; e professor Osmar Malaspina, que tratou da mortalidade de abelhas por agrotóxicos no Brasil.

Espaço para as crianças

Durante o 25º Congresso Brasileiro de Entomologia (CBE) está sendo conduzida a visitação gratuita para escolas de ensino fundamental a um espaço especial, o “Planeta inseto”, coordenado pelo Instituto Biológico da Secretaria de Agricultura de São Paulo.

No local, há uma exposição de exemplares vivos de insetos, onde são mostradas como as lagartas do bicho-da-seda produzem linha, como se dá a produção de mel pelas abelhas e o bicho pau, que se camufla na vegetação para se esconder de predadores.

Essa exposição voltada às escolas busca inspirar novos pesquisadores e informar ao publico estudantil sobre a importância dos insetos. Mais informações: (62) 3241-3939.

 

Fonte: Embrapa Arroz e Feijão

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