Mercado Florestal

Simpósio Madeira & Construção propõe incentivar aumento da madeira em sistemas construtivos

Especialistas defendem ações coordenadas entre setor produtivo, pesquisadores e compradores para ampliar consumo da madeira no país


Publicado em: 02/09/2014 às 07:50hs

Simpósio Madeira & Construção propõe incentivar aumento da madeira em sistemas construtivos

Começou na última quinta, 28 de agosto, o 2º Simpósio Madeira & Construção, em Curitiba (PR). Somente neste primeiro dia, o evento teve cerca de 150 inscritos, entre profissionais das áreas de engenharia e arquitetura, empresários do setor de base florestal e estudantes de diferentes locais do país. O objetivo do encontro é mostrar aos participantes as soluções construtivas, atualidades e futuras potencialidades do uso da madeira de floresta plantada na construção civil, bem como estimular a utilização de fontes renováveis.

Na mesa de abertura, estavam presentes Eduardo Knechtel, coordenador dos conselhos da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que representou o presidente da Federação, Edson Campagnolo; Dimas Agostinho da Silva, chefe do Departamento de Engenharia e Tecnologia Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos organizadores do evento; Paulo Roberto Pupo, coordenador do Conselho Temático da Madeira da Fiep e superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci); Sueli Toshico Sakai Marques, diretora de projetos da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), representando o presidente da instituição, Mounir Chaowiche; e Carlos Mendes, diretor executivo da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), promotora do evento.

Para Eduardo Knechtel, o evento é muito importante, porque apresenta a madeira como uma fonte renovável. “Iniciativas como o Simpósio são fundamentais, pois trazem informações efetivas para os avanços na discussão”, disse.

Dimas Agostinho da Silva ressaltou que é preciso que os setores que estudam, produzem e industrializam o recurso mais utilizado no mundo – a madeira – disseminem os benefícios da utilização desse material construtivo. “Quando falamos em sustentabilidade, devemos lembrar que somos uma sociedade que demanda recursos extremados. Eles devem ser concentrados em recursos renováveis. Por isso, a discussão deste evento é extremamente necessária. Às vezes, as profissões não se comunicam e, para ajudar nessa comunicação, tentamos fazer o encontro entre as pessoas da cadeia florestal e profissionais de engenharia civil e arquitetura”, reforçou. Segundo o professor, é um momento não só de discutir a importância do recurso, mas também de saber trabalhar na multidisciplinaridade do recurso.

O superintendente da Abimci, Paulo Pupo, lembrou, durante seu discurso, que o Brasil tem 7,3 milhões de florestas plantadas de pinus e eucaliptos. O Paraná, segundo Pupo, representa 67% da média de produção e exportação de madeira. “O que falta é uma política nacional de incentivo para florestas plantadas. O grande desafio do nosso setor é unir o mercado comprador, a academia, as pessoas pensantes. São ações coordenadas como essa que farão com que o aumento do consumo per capita de madeira no Brasil seja atingido. Além disso, o mercado precisa ser normatizado. Esses dois dias de Simpósio servem para articular, porque todos os atores estão aqui reunidos. Cabe a nós fecharmos esse pacote e apresentarmos ao governo. É a partir de um conjunto dessas ações institucionais que conseguiremos aumentar o uso de madeira no país”, declarou.

Em seguida, foi a vez de Sueli Toshico, da Cohapar, dar as boas-vindas aos presentes. A diretora de projetos reforçou que o presidente da Companhia, Mounir Chaowiche, está lutando para encontrar inovações que possam viabilizar projetos habitacionais sustentáveis. “Tenho certeza que aqui teremos momentos proveitosos para buscar ainda mais as construções sustentáveis a partir das boas práticas encontradas com nossos técnicos e estudiosos”, comentou. A partir do evento, Sueli diz que será possível viabilizar a demanda social que ainda existe em todo o Estado usando a sustentabilidade.

Para fechar a cerimônia de abertura, Carlos Mendes, da Apre, explicou que o trabalho, que começou em 2012, visou unir todos os elos da cadeira produtiva da madeira. Ele falou que o caminho é longo, já que esse é apenas o segundo Simpósio, mas que acredita que nos próximos cinco ou 10 anos, o setor terá resultados importantes. “Pode ser difícil para as pessoas que trabalham na área entender que estamos imaginando isso para daqui a cinco ou 10 aos. Parece muito tempo, mas empresas que plantam pinus fazem planejamento para 20 anos. Dez anos, pra nós, é um tempo relativamente curto. O presidente da Cohapar nos lançou um desafio: precisamos de projetos que usem madeira para que possamos fazer um programa de moradia no Estado do Paraná. Hoje, ficamos satisfeitos de ver pessoas de vários Estados do Brasil aqui. Acho que essa ideia está crescendo e vai ter uma oportunidade muito grande de se multiplicar”, finalizou.

O evento é uma promoção da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e Sinduscon-PR.

Mais informações e inscrições: www.expomadeira.com.br

 

Fonte: INTERACT Comunicação Empresarial

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