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Setor sucroenergético reforça cobrança por política de longo prazo e incentivo ao etanol

Na abertura do Ethanol Summit, representantes da Unica falam sobre cooperação e importância da inovação para a produtividade do setor


Publicado em: 07/07/2015 às 18:10hs

Setor sucroenergético reforça cobrança por política de longo prazo e incentivo ao etanol

Maior previsibilidade nos investimentos, política de longo prazo e reconhecimento da importância do etanol na matriz energética do Brasil. Esse foi o tom dos pronunciamentos dos representantes da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) na cerimônia de abertura do Ethanol Summit, realizado pela entidade, em São Paulo (SP).

A presidente da entidade que reúne as usinas de açúcar e etanol do Centro-sul do Brasil, Elisabeth Farina, destacou que as políticas públicas devem deixar mais claro o efeito dos combustíveis fósseis destacar as alternativas limpas. Dirante o seu pronunciamento, afirmou que os sinais da política internacional em relação aos combustíveis renováveis têm sido contratidórios e defendeu maior cooperação.

"É preciso maior cooperação entre os países produtores e consumidores para o estabelecimento do etanol como commodity internacional", disse a presidente da Unica, mencionando também a importância de se discutir a importância dos biocombustíveis em relação à mudança climática e os investimentos na competitividade do setor de açúcar e etanol no Brasil, diante do atual cenário macroeconômico.

O secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, afirmou que o setor sucroenergético precisa de mais confiança e previsibilidade para ser estimulado a investir. Ele lembrou de medidas tomadas recentemente, como a volta da cobrança da Contribuição sobre Intervenção do Direito Econômico (Cide) sobre a gasolina e o aumento da mistura de etanol no combustível de pretróleo, de 25% para 27,5%.

"As medidas vieram em boa hora, mas é preciso mais previsibilidade e estabilidade para que haja a rentabilidade do setor", disse Jardim

Tembém falando pelo setor privado, o presidente do Conselho Deliberativo da Unica, Luiz Pogetti, destacou que, mesmo em crise, a indústria conseguiu elevar em 20% a oferta de etanol nos últimos 3 anos. E que essa elevação fez com que deixassem de ser importados 5 bilhões de litros de gasolina.

"Precisamos de mais inovação e de uma política de longo prazo em que o investidor possa avaliar o risco e o retorno dos investimento. Visão de longo prazo e inovação levarão este setor para outro patamar e o veremos saudável e em expansão em breve", afirmou.

Em viagem oficial ao Japão, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, enviou uma mensagem em vídeo, exibido durante a cerimnônia. Segundo ela, é preciso mais segurança jurídica e um planejamento estratégico, levando em consideração que o etanol está presente na matriz energética.

Fonte: Globo Rural

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