Suíno

Segundo aumento no mês anima suinocultura catarinense

Uma semana após o último reajuste, novo aumento na remuneração do criador de suíno anima ainda mais a cadeia produtiva da suinocultura industrial em Santa Catarina


Publicado em: 21/08/2014 às 16:00hs

Segundo aumento no mês anima suinocultura catarinense

Uma semana após o último reajuste, novo aumento na remuneração do criador de suíno anima ainda mais a cadeia produtiva da suinocultura industrial em Santa Catarina. O preço básico pago pela Cooperativa Central Aurora Alimentos aos criadores aumenta 3,1% nesta quinta-feira (21), passando de R$ 3,20 a R$ 3,30 o quilograma de suíno em pé, valor ao qual se acrescenta o índice de qualidade da carcaça pelo critério da tipificação, elevando o preço a até R$ 3,63.

O segundo reajuste deste mês foi anunciado pelo presidente Mário Lanznaster. Em razão de ser a maior processadora de suínos, a Aurora influencia e baliza o mercado catarinense e sulbrasileiro. Desde o ano passado, o mercado de suínos se mantém equilibrado, sem aumento de oferta nem em peso total, nem em número de cabeças. Também não há excesso de suínos no mercado “spot” e as indústrias frigoríficas em geral não estão estocadas.

A reabertura das exportações de aves e suínos para a Rússia, que volta a ser o maior comprador da carne brasileira, aqueceu o mercado nas últimas semanas. Lanznaster destaca que, neste momento, fatores extramercadológicos estão indiretamente ajudando a suinocultura brasileira. A propagação do vírus da diarreia suína epidêmica (PEDv, na sigla em inglês) nos rebanhos dos EUA limitou fortemente a oferta de suínos norteamericanos no mercado mundial, como já admitiu o Departamento da Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

“Temos que ter ciência que o mercado está ajustado; não podemos produzir em excesso”. O dirigente realça outro fator positivo na redução dos custos de produção e no aumento das margens de resultado do suinocultor: as safras de milho e soja foram boas, suficientes para nutrição animal (que representa 65% do custo de produção) e os preços se mantêm em patamares baixos que viabilizam a atividade.

No ano passado, o preço pago aos criadores na aquisição de suíno teve uma escalada de recuperação comandada pela Coopercentral Aurora Alimentos, empresa que detém o maior volume de abate em Santa Catarina.

“Essa situação de equilíbrio deve-se ao alojamento de matrizes de acordo com a demanda industrial planejada, o que evita episódios de excesso de oferta de suínos em pé, geralmente seguidos de crise de preços e posterior escassez dessa matéria-prima. Outro fator que influencia é o elevado preço da carne bovina no mercado brasileiro, o que estimula o consumo das outras carnes”, expõe Lanznaster.

O presidente da Aurora lembra que a crise do excessivo encarecimento dos insumos em 2012 inviabilizou dezenas de produtores, retirando do mercado muitos suinocultores e alguns frigoríficos. Em 2013 o preço baixou e devolveu a capacidade competitiva à cadeia produtiva. Agora, a situação entra em curva ascendente, com os preços do suíno em pé e boa oferta de milho no mercado.

REMUNERAÇÃO

O suinocultor cooperado do oeste catarinense passa nesta quinta-feira (21) a receber a seguinte remuneração: preço-base atualizado (R$ 3,30) acrescido do adicional da tipificação, índice médio de 7% a 10% (R$ 0,33), o que eleva o valor final pago para R$ 3,63/kg.

 

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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