Cana de Açucar

Área disponível para colheita recua na macro e microrregião de Ribeirão Preto

Clima adverso, dívidas elevadas em boa parte das usinas e dúvidas sobre o cenário do setor nos próximos anos estão entre os fatores da redução


Publicado em: 07/08/2018 às 15:40hs

Área disponível para colheita recua na macro e microrregião de Ribeirão Preto

A produção de açúcar registrou nova queda e refletiu a diminuição da área colhida, com maior direcionamento para o etanol. Ao todo foram produzidas 38,6 milhões de toneladas na última safra (2017/2018), sendo 36 milhões de toneladas na região Centro-Sul do país. O estado de São Paulo respondeu por 24 milhões de toneladas, 62% do total produzido nacionalmente.

Após um período de cinco anos de preços baixos, o mercado do açúcar apresentou melhora em 2016, mas foi um cenário passageiro. Entre novembro de 2016 e setembro de 2017, o valor do açúcar teve retração de 48%. Os preços voltaram a subir, mas tiveram nova trajetória de queda de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. A retomada veio em março e seguiu até junho de 2018, com alta de 11,82% nas cotações.

“Boa parte das usinas continua com dívidas elevadas e sem recursos para investir em renovação dos canaviais. O que tem mantido o setor é a produção de etanol, já que o preço voltou a ser competitivo em relação à gasolina”, analisa o pesquisador do Ceper Luciano Nakabashi, que coordena o Boletim Sucroalcooleiro em conjunto com os pesquisadores Francielly Almeida e Marcelo Lourenço Filho.

Diferentemente do açúcar, a produção de etanol aumentou 5,3% na safra 2017/2018, sendo 4,5% na região Centro-Sul e 3% no estado paulista. O consumo do etanol hidratado avançou 5% em relação à safra anterior. Apenas o estado de São Paulo representou mais da metade do consumo mensal do País. Após altas consecutivas, o preço do etanol caiu de março a maio de 2018. Já na comparação entre junho e o mês anterior, houve aumento de 3,92%.

Os dados completos do Boletim Sucroalcooleiro, de julho de 2018, podem ser acessados no site da Fundace.

Fonte: OPA Assessoria em Comunicação

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