Nutrição Animal

RAÇÕES: Setor projeta expansão no longo prazo

A expectativa somente para a pecuária de corte é de ter um aumento constante nas exportações de 5% a 10% em um futuro não tão distante, segundo previsão da Assocon (Associação Nacional da Pecuária Intensiva)


Publicado em: 02/04/2018 às 13:20hs

RAÇÕES: Setor projeta expansão no longo prazo

Depois de um 2017 ruim, em que a Operação Carne Fraca e as denúncias de corrupção em alguns dos maiores frigoríficos do setor prejudicaram a imagem do País, a previsão se baseia no fortalecimento da economia nacional e internacional.

Mercados a ganhar - O gerente executivo da Assocon, o zootecnista Bruno Andrade, afirma que o País ainda tem muitos mercados a ganhar lá fora, como China, México, África e Oriente Médio. "Em termos de produção, o Brasil tem espaço para triplicar a produção sem impacto ambiental e nossa proteína vermelha é uma das mais baratas do mundo", conta. Ele lembra que a lotação média de pastagens é hoje de um animal por hectare, mas que produtores mais tecnificados trabalham com quatro cabeças no mesmo espaço.

Projeção - Com essa perspectiva, a indústria de rações também projeta avanços. O setor gera hoje 100 mil empregos diretos e 500 mil indiretos, segundo o Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal). Cada fábrica nova amplia esse número, a exemplo do que ocorreu com a unidade de peixes da C.Vale, em Palotina, que criou 450 novos postos de trabalho, diz o analista técnico Maiko Zanella, da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná).

Norte - Na região Norte, a expectativa também é positiva. Na Integrada Cooperativa Agroindustrial, a fábrica de rações em Londrina foi inaugurada em setembro de 2016, ao custo de R$ 25 milhões. A unidade representa hoje 1,6% do faturamento do grupo, mas já garante maior renda ao produtor por agregar valor aos grãos e pela opção de receber de volta a ração para nutrição animal. "A Integrada está nesse segmento desde a fundação, mas resolveu ampliar a atuação, de olho no mercado", diz o superintendente regional industrial da cooperativa, Haroldo Polizel.

Segmento - O grosso da produção é voltado ao segmento de animais de estimação e para a aquicultura, mas também é forte para bovinos, suínos, equinos, ovinos, coelhos e aves. O desempenho atual é de 50 mil toneladas ao ano, com capacidade para 66 mil.

Gatos - A possibilidade de elevar a produção já neste ano existe, conforme a meta de lançar uma ração para gatos. "Vemos o aumento da população de animais, que as pessoas passam a considerar como da família, exigindo a alimentação mais saudável possível", diz Polizel. Porém, hoje é mesmo a aquicultura que mais rende à fábrica da Integrada. "É nosso principal mercado, pelo aumento tanto do consumo de peixes quanto da criação em cativeiro."

Fonte: Folha de Londrina

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