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Produtores de Goiás têm dificuldades para fechar as contas da safra de verão

Os produtores de grãos de Goiás estão sofrendo com a falta de espaço para armazenagem do milho e a baixa comercialização antecipada da segunda safra


Publicado em: 25/07/2014 às 15:00hs

Produtores de Goiás têm dificuldades para fechar as contas da safra de verão

– A colheita de milho está trazendo prejuízo, os preços cederam drasticamente – relata o presidente da Cooperativa Comigo, Antônio Chavaglia.

A faixa de preço está em torno de R$ 15 na região, abaixo do preço mínimo de R$ 17,50. Segundo Chavaglia o governo não fez nenhuma intervenção ainda, nem sinalizou que vai fazer.

– Fala-se que tem caixa, mas o produtor tem compromissos a ser cumpridos e achou que pelo menos o preço mínimo seria garantido – diz.

Segundo ele, a Federação de Agricultura de Goiás já pediu ajuda ao Ministério da Agricultura, para subsídio da produção. A falta de espaço para estocagem intensifica o problema, ao mesmo tempo e que o produtor precisa fazer suas trocas agora, para começar o planejamento para a safra de verão.

Chavaglia afiram que 75% dos produtores já adquiriram seus insumos, mas que os pagamentos podem ser atrasados, pelo dificuldade de achar comprador para o milho.

– Você não acha comprador de volume, os produtores estão colocando o milho em silo bolsa na fazenda e não sabem quando vão comercializar.

A situação está retardando a aquisição de produtos pelos demais produtores, que devem enfrentar um custo muito mais alto do que se previa.

– E a tendência é de preços muito mais baixos para soja, com margem negativa – alerta.

Soja

A comercialização do que restou da safra de soja está lenta e os preços não estão bons. O produtor achou que as cotações iriam se sustentar e os valores reduziram. Segundo o presidente da Comigo, as perdas já acumulam diferença negativa de R$ 5 a R$ 6 por saca.

Chavaglia aposta na liquidação dos 15% a 20% que restam até o final do ano.

– Alguns acham que vai sustentar esse preço, melhorar no fim do ano; outros não. Mas o restante não é muito significativo.

Fonte: Jornal o Expresso

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