Algodão

Produtor tentará manter área de algodão na Bahia na próxima safra, espera Abapa

Produtividade no estado deve ser 30% menor no ciclo 2015/2016 e, segundo presidente da entidade, decisão de investimento dependerá do crédito


Publicado em: 24/05/2016 às 19:30hs

Produtor tentará manter área de algodão na Bahia na próxima safra, espera Abapa

O cotonicultor da Bahia deve pelo menos manter a área plantada com a commodity na safra 2016/2017 na comparação com o ciclo atual. Foi o que afirmou, nesta quinta-feira (19/5), o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Celestino Zanela. No entanto, ele não descartou a possibilidade de uma redução de plantio, de acordo com as condições de crédito para financiar a produção.

“O produtor vai cobiçar plantar mais soja, mas vai tentar manter a produção de algodão na Bahia”, disse Zanela, que participa do Clube da Fibra, evento voltado para a cadeia produtiva do algodão, realizado pela FMC, em Recife (PE).

Na safra 2015/2016, os agricultores plantaram 235,382 mil hectares de algodão e a produtividade estimada é bem menor que a do ciclo passado. Segundo Celestino Zanela, na temporada 2014/2015, o rendimento médio foi de 261 arrobas por hectare. Na atual, há dúvidas sobre a possibilidade de se chegar a 180 arrobas por hectare.

“Perdemos 30% pelo menos”, lamentou o presidente da entidade que representa os cotonicultores da Bahia. “Olhando isso (os números), vamos falar da próxima safra”, disse, destacando que a expectativa é de condições climáticas mais favoráveis para o ciclo 2016/2017.

Custo

Durante sua apresentação no Clube da Fibra, Celestino Zanela destacou a necessidade de redução de custos de produção para garantir a rentabilidade da cultura de algodão. Na safra 2015/2016, por exemplo, plantar um hectare com a fibra custou entre R$ 6,5 mil a R$ 8,5 mil. O presidente da Abapa disse ainda que há problemas de desempenho de variedades no campo e que, neste momento, é importante a atenção com a escolha da semente a ser plantada.

“Temos que sentar com o pessoal de sementes para definir o quanto queremos produzir e a que custo. As variedades que vamos plantar na próxima safra devem se definidas agora”, alertou. “Precisamos também ter mais rotação de culturas, achar culturas alternativas para a rotação com o algodão”, acrescentou.

Fonte: GLOBO RURAL

◄ Leia outras notícias