Gestão

Por que realizar o manejo de irrigação

Entraremos em um período do ano em que a irrigação será muito mais exigida para que se alcance as produtividades desejadas e assim se ter um melhor aproveitamento dos investimentos feitos em sistemas de irrigação. S


Publicado em: 21/06/2016 às 14:30hs

Por que realizar o manejo de irrigação

Sim, entraremos no inverno e logo na primavera e no Noroeste Paulista enfrentamos historicamente de 7 a 8 meses do ano de déficit hídrico por ano e o maior déficit acontece em agosto, quando em média se tem entre 96 e 109 mm de déficit hídrico, de um total anual que varia entre 442 e 490 mm, mas não podemos descartar as anomalidades climáticas, como a registrada em 2012, quando em Pereira Barreto o déficit acumulado anual chegou a 783 mm, de acordo com os diferentes estudos publicados pela UNESP Ilha Solteira.

Neste contexto se encaixa o manejo da irrigação. Aplicar água no momento e quantidade adequada às diferentes culturas é o principal desafio dentro da agricultura irrigada atualmente. Mas nos perguntam, por que devemos nos preocupar com essa coisas ligadas ao manejo da irrigação, como evapotranspiração de referência e da cultura, coeficiente de cultura, capacidade de campo, entre outras?

A primeira das razões é a econômica! Controlando a água aplicada, definindo o momento e a quantidade correta para satisfazer as necessidades das culturas reduzimos o total de água aplicada, temos menos horas de funcionamento do conjunto moto motobomba e menor consumo de energia e melhoramos a produtividade e a qualidade da produção.

Mas há outras vantagens ligadas ao meio ambiente e aos investimentos feitos em Serviços de Assessoramento ao Irrigante. De maneira geral, uma correta distribuição de água no solo resulta em uma paisagem mais homogênea e mais bonita, melhoramos a qualidade da água do manancial, aumentamos a eficiência no uso da energia e ainda fazemos uso de forma mais intensiva das informações obtidas nas estações agrometeorológicas.

Na prática estamos falando de economizarmos entre 10-20% da água aplicada e do aumento da produtividade dos cultivos e da qualidade da produção, com o incremento da lucratividade do negócio de produção de alimentos.

Fernando Braz Tangerino Hernandez é engenheiro Agrônomo, Professor Titular da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira (www.agr.feis.unesp.br/irrigacao.php) e divulga dicas sobre agricultura irrigada e agroclimatologia semanalmente no Pod Irrigar em http://podcast.unesp.br/podirrigar.

Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa Unesp

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