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Plano contra queimadas em Minas prevê R$ 20 mi para contratar brigadistas e comprar equipamentos

O investimento previsto é de cerca de R$ 20 milhões


Publicado em: 19/04/2018 às 12:40hs

Plano contra queimadas em Minas prevê R$ 20 mi para contratar brigadistas e comprar equipamentos

Faltando cerca de três meses para o período crítico das queimadas, a preparação para o combate ao fogo em unidades de conservação de Minas já começou. Uma força-tarefa está sendo montada para atuar durante a temporada de incêndios florestais. Haverá a contratação de brigadistas e a compra e locação de aeronaves, helicópteros, caminhões e roçadeiras. O investimento previsto é de cerca de R$ 20 milhões.

Os 253 brigadistas, que ainda serão selecionados, vão atuar por no mínimo quatro meses em 39 parques estaduais atendidos pelo Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio).

“Em junho, as equipes ficarão mais na preparação e no monitoramento das áreas. A partir da segunda quinzena de julho, o trabalho é focado em debelar o fogo, que começa a surgir com maior frequência”, explica o gerente de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Rodrigo Bueno Belo. O período de alerta dura até o início de outubro.

Nos parques

Serão treinados ainda voluntários que ficarão a postos em caso de emergências. Segundo o diretor-geral do IEF, Henri Dubois, a própria equipe dos parques já está nas ruas fazendo um trabalho de conscientização.

“Vamos nas comunidades com lideranças locais não só para falar sobre a prevenção como também a respeito do combate ao incêndio. Às vezes, o fogo começa em uma propriedade rural e o dono tenta resolver sozinho. Ele pode acionar a nossa força-tarefa”, afirma.

Além dos profissionais, o Estado vai comprar 300 sopradores costais – aparelhos utilizados no combate direto às chamas –, mais de 3 mil conjuntos de equipamentos de proteção individual e seis caminhões, além de roçadeiras e motobombas portáteis.

Expectativa

As queimadas estão diretamente ligadas às condições climáticas. Quanto menos chuva, mais seca a vegetação e maior o risco de o fogo alastrar. Para o meteorologista do Climatempo, Ruibran dos Reis, o cenário deste ano não deve ser crítico. “Tivemos um verão chuvoso e a vegetação está bem verde. Acredito que teremos menos focos de incêndio”, afirma Ruibran dos Reis.

Apesar disso, o Instituto Estadual de Florestas lembra que grande parte dos focos é gerada pela ação do homem e, em muitos casos, propositalmente. No ano passado, a área destruída por incêndios nos parques e no entorno dos espaços protegidos quase triplicou se comparada aos dados de 2016, passando de 23 mil hectares para 64 mil. Foram 888 ocorrências, número 28% maior que os 692 do ano anterior.

Fonte: Hoje em Dia

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