Cana de Açucar

Perda com estiagem em SP é compensada por produtividade de MG e MS

m balanço divulgado na quinta-feira, a companhia reportou processamento de 11,27 milhões de toneladas de cana no trimestre inicial de 2018/2019 ante 9,62 milhões de toneladas em igual período da safra passada


Publicado em: 13/08/2018 às 12:50hs

Perda com estiagem em SP é compensada por produtividade de MG e MS

O diretor presidente da Biosev, Juan Blanchard, destacou nesta sexta-feira (10/8), em teleconferência com analistas, que a redução na moagem de cana-de-açúcar prevista pela companhia no Estado de São Paulo durante a safra 2018/2019 está "em linha com o que o mercado está falando" e ocorre por conta da estiagem na região. No entanto, a sucroenergética não divulgou até o momento o guidance de moagem para o período, iniciado em 1º de abril.

Segundo Blanchard, que assumiu o cargo no mês passado, o aumento na moagem e na produtividade dos polos de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais pode ajudar a compensar as perdas em São Paulo. No primeiro trimestre da safra 2018/2019 a produtividade das lavouras colhidas para a moagem nas usinas da Bioesev recuou 5,1% ante igual período de 2018, mesmo com a alta de 17,1% no total processado se comparados os mesmos trimestres.

Em balanço divulgado na quinta-feira, a companhia reportou processamento de 11,27 milhões de toneladas de cana no trimestre inicial de 2018/2019 ante 9,62 milhões de toneladas em igual período da safra passada. "O maior volume de moagem é resultado principalmente dos aumentos de 29,7% na área colhida e de 12,7% no processamento de cana de terceiros. Estes efeitos foram parcialmente compensados pela redução de 5,1% na produtividade, afetada principalmente pelo menor nível de chuvas de janeiro a março, período de formação do canavial", informou a companhia.

Segundo a Bioesev, o mix de destino de cana para a produção de etanol ficou em 64,9% no primeiro trimestre de 2018/2019 e apenas 35,1% para o açúcar, o maior porcentual em sete anos para o período. Em igual período de 2017, o mix era de 47% para o etanol e 53% para o açúcar. A produção de etanol cresceu 63% entre os períodos, para 522 milhões de litros, e a de açúcar recuou 22,4%, para 456 mil toneladas. O diretor financeiro e de relações com investidores, Gustavo Theodozio, destacou que a receita líquida da Biosev foi "super impactada" pelo mix maior de destino da cana para o etanol e pela estratégia de carregamento de estoques de açúcar. A receita líquida da companhia recuou 2% na comparação trimestral, para R$ 1,955 bilhão.

Theodozio citou também os "esforços importantes" da Biosev para obter redução de 7,4% nos custos dos produtos vendidos, "fruto dos processos nas áreas agrícolas e industrial", e citou a queda de 35% nas despesas gerais e administrativas entre os primeiros trimestres de 2017/2018 e 2018/2019.

Fonte: Estadão Conteúdo

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