Maior produtor e exportador de frangos do Brasil, o Paraná abateu mais de 4,6 milhões de aves por dia no ano passado. Para ter uma dimensão do volume, foi produzido quase um frango para cada dois habitantes do estado, que tem 11 milhões de moradores. No total, 1,68 bilhão de aves foram abatidas. Um crescimento de 7,3% em relação a 2014, quando a avicultura paranaense produziu 1,56 bilhão de unidades.

Ano passado, aproximadamente 65% dos frangos foram destinados ao consumo interno e 35% ao mercado externo. Maior exportador nacional, o estado respondeu por 34,4% dos embarques nacionais. A produção paranaense fechou 2015 com 31,7% da oferta nacional. Alavancado pela alta do dólar e desvalorização do real, o Paraná embarcou 1,48 milhão de toneladas de carne de frango, contra 1,28 milhão de toneladas em 2014. Um aumento de 15,6%, o que representou um faturamento de US$ 2,3 bilhões.

O setor de avicultura respondeu por 20% das exportações do agronegócio do Paraná em 2015, de acordo com levantamento realizado pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep). Os principais mercados da carne de frango foram Arábia Saudita (22%), União Europeia (13%), China (11%), Japão (9%) e Emirados Árabes (9%). “A crise interna não afetou o consumo que ultrapassa as fronteiras, a avicultura do estado cresceu em vendas internacionais e conquistou novos mercados para comercialização”, analisa o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.

Expectativas

A indústria de carne de frango projeta crescimento no abate e na exportação em 2016, similar aos índices registrados no ano passado, respectivamente. Esse e outros dados levantados pela Expedição Avicultura serão apresentados no evento de encerramento do projeto, marcado para a quinta-feira (28), no Espaço Cultural BRDE, em Curitiba.

O projeto é uma iniciativa do Agronegócio Gazeta do Povo, que realiza a expedição há três temporadas. Ao longo de dois meses, a equipe percorreu 15 mil quilômetros pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, responsáveis por mais da metade da produção e da exportação brasileira da proteína branca. Além de visitar granjas e indústrias, o projeto percorreu os principais portos da região Sul para conhecer os investimentos para embarque de frango.