Mercado Florestal

No RS, agricultores que investiram na acácia negra reclamam do preço

Apesar do bom desenvolvimento das árvores, preços desanimam Quase toda madeira segue para indústria de celulose, no Japão


Publicado em: 24/07/2014 às 11:10hs

No RS, agricultores que investiram na acácia negra reclamam do preço

O corte da acácia negra começa a se intensificar nesta época do ano, no Rio Grande do Sul. As árvores estão com bom desenvolvimento, mas o preço não agrada os produtores.

As árvores podem chegar a 25 metros de altura. Originária da África do Sul, a acácia negra é fonte de renda para cerca de 9 mil agricultores do Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, com 120 mil hectares plantados.

O clima do estado favorece o cultivo e as regiões arenosas facilitam a formação das florestas. O corte é feito o ano todo, mas se intensifica nesta época de entressafra dos outros cultivos porque há mais mão de obra disponível.

Pela aparência das árvores é possível identificar o ponto de colheita. O lado verde mais claro representa uma floresta jovem, com três ou quatro anos, aproximadamente. Já no lado que tem a coloração verde escuro, as plantas estão mais maduras e têm cerca de oito anos. Embora a colheita já possa ser feita a partir dos seis anos, esta é considerada a fase ideal, a melhor para efetuar o corte.

Encruzilhada do Sul, na região central do estado, tem 40 mil hectares plantados com acácia negra e cerca de 3 mil pessoas trabalham no cultivo. Quase toda produção vai para a indústria de celulose no Japão, mas apesar do bom desenvolvimento das árvores, os agricultores estão desanimados.

Com o excesso de oferta da madeira, a indústria compra de quem aceitar ganhar menos, por isso, os produtores estão recebendo em torno de R$ 60 por metro cúbico, valor que, segundo eles, não mudou desde o início da atividade na região, há 10 anos.

Fonte: Globo Rural

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