Logística e Transporte

Navegação na Hidrovia Tietê-Paraná deve ser normalizada em novembro

A normalização da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná só deve acontecer em novembro, de acordo com a expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)


Publicado em: 21/07/2014 às 08:40hs

Navegação na Hidrovia Tietê-Paraná deve ser normalizada em novembro

O assunto foi novamente tema de debates entre diversos órgãos do governo, em Brasília.

Por conta da seca, o transporte de cargas pelas vias navegáveis do estado de São Paulo está prejudicado há dois meses e paralisado há mais de 20 dias. Por isso, representantes do Ministério dos Transportes, da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Ministério de Minas e Energia se reuniram com as secretarias estaduais de Meio Ambiente e Energia, além da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

O diretor da Antaq, Adalberto Tokarski, destacou que as empresas de navegação que utilizam a hidrovia já estão demitindo seus funcionários. "Além disso, sem a navegação, há um aumento significativo no número de caminhões que são colocados nas estradas do País. Uma das consequências disso é a possibilidade de congestionamentos próximo aos portos de Santos e Paranaguá", pontuou o diretor.

O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, propôs que o setor elétrico apresentasse uma alternativa para resolver a questão. As propostas apresentadas não foram divulgadas, mas elas foram consideradas insuficientes para solucionar o problema da paralisação da navegação na Hidrovia Tietê-Paraná.

Para o ONS, é possível que o transporte de cargas na hidrovia volte a ser normalizado apenas em novembro. O órgão destacou que o setor elétrico, Cesp e ONS, principalmente, devem continuar trabalhando na busca de uma solução para o impasse existente.

O diretor-geral da Antaq, Mário Povia, disse que o transporte na Hidrovia Tietê-Paraná precisa ser restabelecido o mais rápido possível. "O sistema portuário necessita do transporte fluvial. A paralisação não deve continuar, pois prejudica nossa logística, nossa multimodalidade", disse, cobrando uma resposta do setor elétrico.

"O uso múltiplo das águas deve ser respeitado e jamais hierarquizado. Representantes da Antaq, da Ana, do Ministério dos Transportes, do agronegócio, entre outros vêm trabalhando nos últimos anos para que o transporte hidroviário se torne mais confiável e seja mais utilizado, pois é mais seguro, mais econômico e mais ambientalmente amigável", destacou Povia.

Ele enfatizou que os investimentos já feitos nas hidrovias, principalmente na Tietê-Paraná, não podem ser perdidos. "Cada setor aqui reunido precisa estar ciente de que é necessário ter uma cota de sacrifício. A paralisação na Tietê-Paraná não é uma questão econômica apenas. É uma questão de política pública", afirmou.

Fonte: A Tribuna Santos

◄ Leia outras notícias