Frigoríficos e Abatedouros

Na exportação, frango inteiro fechou semestre valendo mais do que os cortes

Impossibilidade técnica, explica-se, porque ao agregarem valor ao frango inteiro, os cortes sempre obtiveram preço superior


Publicado em: 29/07/2016 às 18:30hs

Na exportação, frango inteiro fechou semestre valendo mais do que os cortes

A diferença, pequena, não chega a 1,5%. Mesmo assim, em junho passado, fechando o primeiro semestre de 2016, o frango inteiro exportado pelo Brasil voltou a registrar valor superior ao dos cortes: US$1.585,31/t contra US$1.562,55/t. Ou seja: o que até o início do ano passado era considerado “impossibilidade técnica” voltou a ocorrer.

Impossibilidade técnica, explica-se, porque ao agregarem valor ao frango inteiro, os cortes sempre obtiveram preço superior. Exemplificando, nos 10 anos (120 meses) decorridos entre 2005 e 2014 registraram, em média, preço médio 18% superior ao do frango inteiro, com picos de até 40%.

Mas isso cessou em maio de 2015 quando, pela primeira vez na história das exportações brasileiras de carne de frango, a ave inteira, não cortada, alcançou preço médio superior ao dos cortes – uma situação que persistiu nos nove meses seguintes, estendendo-se até fevereiro de 2016. Ou seja: só em março deste ano é que os cortes voltaram a apresentar valor maior que o do frango inteiro, desempenho que durou apenas três meses.

De acordo com players do setor, a venda externa de “grillers” – item de maior representatividade nas exportações de frango inteiro – têm ocasionado grandes prejuízos aos exportadores, pois o abate precoce (aves leves, com menos de 40 dias de idade) não proporciona a conversão ideal do [caro] alimento consumido. Daí a decisão de reduzir a produção de “grillers”.

Se isso efetivamente ocorrer e a oferta ao mercado externo for reduzida, o frango inteiro obterá ainda maior valorização. Assim, persiste a tendência de os cortes continuarem com preços menores.

Fonte: Avisite

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