Milho e Sorgo

MS terá safrinha recorde, preço baixo e armazéns lotados

Colheita do milho deverá render 8 milhões de toneladas no Mato Grosso do Sul


Publicado em: 01/09/2014 às 18:40hs

MS terá safrinha recorde, preço baixo e armazéns lotados

Mato Grosso do Sul completa, neste ano, o terceiro recorde consecutivo na produção de milho, com 8 milhões de toneladas. O resultado, que poderia ser considerado positivo, torna-se preocupante ao produtor em razão do cenário de alta oferta. A tendência é de intensificação da queda do preço do grão, que já recuou 32% desde março deste ano. A análise é do técnico da Federação de Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) Leonardo Carlotto, que acrescenta que há forte possibilidade de problemas de estocagem da soja – na época da colheita desse grão, no início de 2015, ainda deverá ter milho travado nos armazéns.

“Devemos colher 600 mil toneladas a mais que o volume previsto inicialmente”, informou Carlotto. A colheita, que finda nesta semana, foi favorecida pela ocorrência de chuvas, de acordo com o técnico. Isso fez com que a produção, estimada em 7,4 milhões de toneladas, alcançasse 8 milhões de toneladas. Essa quantidade supera levemente (variação de 1,28%) a da safra anterior (7,8 milhões de toneladas), mas representa avanço significativo, se considerado o desempenho dos outros anos: conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Mato Grosso do Sul colheu 6,11 milhões de toneladas do cereal em 2012, quase o dobro do volume produzido em 2011 (3,11 milhões de toneladas); nas safras anteriores, o melhor resultado havia sido, até então, o de 2010 (3,36 milhões de toneladas).

O problema é que esses números ocorrem em um momento de grande estoque de milho nos mercados interno e externo. Além de Mato Grosso do Sul e os demais estados produtores do Brasil apresentarem, neste ano, desempenhos melhores que os da safra anterior, os Estados Unidos também colocam, no mercado, elevada quantidade do cereal – a estimativa é de 353 milhões de toneladas na safra norte-americana.

Fonte: Correio do Estado

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