Milho e Sorgo

Milho: Mercado aguarda projeções da nova safra dos EUA e teste leves quedas na manhã desta 4ª na CBOT

As principais posições da commodity testavam ligeiras quedas, entre 0,25 e 0,75 pontos, perto das 9h15 (horário de Brasília)


Publicado em: 21/03/2018 às 10:10hs

Milho: Mercado aguarda projeções da nova safra dos EUA e teste leves quedas na manhã desta 4ª na CBOT

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho iniciaram a sessão desta quarta-feira (21) do lado negativo da tabela. As principais posições da commodity testavam ligeiras quedas, entre 0,25 e 0,75 pontos, perto das 9h15 (horário de Brasília). O contrato maio/18 era cotado a US$ 3,74 por bushel, enquanto o julho/18 era negociado a US$ 3,82 por bushel.

O mercado caminha para consolidar o sexto dia consecutivo de perdas em Chicago. Ainda nesta terça-feira, o analista da Price Futures, Jack Scoville, disse que o "mercado pode ter entrado em uma fase corretiva".

As atenções dos participantes do mercado permanecem voltadas ao comportamento do clima na Argentina. O tempo seco já ocasionou perdas na produção nesta temporada e as principais entidades e consultorias já revisaram para baixo a perspectiva de produção neste ciclo no país vizinho.

"Outro fator que os investidores precisam estar atentos para os mercados de milho, algodão e soja em particular é a perspectiva, na próxima semana, de uma pesquisa realizada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre as intenções de plantio nos EUA", destacou o Agrimoney.com.

Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:

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A sessão desta terça-feira (20) foi de volatilidade aos preços do milho praticados na Bolsa de Chicago (CBOT). Depois de testar os dois lados da tabela, as principais posições da commodity finalizaram o dia com ligeiras perdas, entre 0,25 e 0,75 pontos. O contrato maio/18 era cotado a US$ 3,74 por bushel, enquanto o julho/18 era negociado a US$ 3,82 por bushel. O setembro/18 encerrou o pregão a US$ 3,89 por bushel.

Os preços consolidaram a quinta queda consecutiva no mercado internacional, com os fundos de investimentos liquidando suas posições. "O mercado pode ter entrado em uma fase corretiva de curto prazo. Ainda ontem, as cotações caíram em solidariedade à soja e ao trigo, uma vez que esses mercados reagiram às previsões de chuvas na Argentina e nas áreas de produção nos Estados Unidos", reportou Jack Scoville, da Price Futures Group.

No final de semana, muitas regiões da Argentina receraram chuvas, poré, o sentimento do mercado é de que as precipitações chegaram tarde mais. Em sua última projeção, a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) revisou para 32 milhões de toneladas a projeção para a safra de milho do país nesta temporada.

A demanda aquecida pelo produto americano também é um dos fatores observados pelos investidores. Nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 110 mil toneladas de milho ao Peru. O volume será entregue no ciclo 2017/18.

Ainda ontem, o departamento reportou a venda de 321 mil toneladas de milho para o Japão e destinos desconhecidos.

"O foco do mercado se voltará agora para o final do mês e os relatórios de intenção de plantio, juntamente com o boletim de estoques trimestrais", pondera Jack Scoville.

A expectativa é que haja uma redução na área destinada ao plantio do cereal nos Estados Unidos nesta safra devido aos custos de produção e aos preços mais baixos observados até recentemente. O USDA estima a área cultivada em 36,42 milhões de hectares. Já a consultoria Allendale projetou a área em 35,82 milhões de hectares.

"Os estoques trimestrais mostrarão a demanda doméstica e, especialmente, a demanda por alimentos que tem sido uma grande questão para o comércio, já que ninguém sabe ao certo quão forte foi a demanda por alimentos nos últimos meses", destaca Scoville.

Mercado brasileiro

A terça-feira foi de ligeiras altas aos preços do milho no mercado interno. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Não-me-toque (RS), a saca subiu 3,13% e terminou o dia a R$ 33,00. Na região de Campo Grande (MS), o ganho foi de 3,03%, com a saca a R$ 34,00.

Na região de Panambi (RS), a saca subiu 3,00% e terminou a terça-feira a R$ 33,00. Em Assis (SP), o ganho foi de 1,47%, com a saca a R$ 34,50. Em contrapartida, em Castro (PR), a queda ficou em 4,76%, com a saca a R$ 40,00.

Já na BM&F Bovespa, os preços voltaram a subir nesta terça-feira e finalizaram o dia com valorizações de mais de 4% nos principais contratos. O maio/18 fechou o dia a R$ 39,30 a saca e o julho/18 era negociado a R$ 37,90. O setembro/18 encerrou a sessão a R$ 35,80 a saca.

A baixa disponibilidade do grão no mercado interno ainda continua a dar sustentação aos preços do cereal. Além disso, a retração na ponta vendedora também contribui para a formação do cenário, segundo reportam os analistas.

Por outro lado, as atenções também estão voltadas à colheita da safra de verão. Até a última semana, cerca de 34% da área plantada já havia sido colhida no Centro-Sul, conforme levantamento da AgRural.

Fonte: Notícias Agrícolas

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