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Mercados emergentes atraem investimentos de US$ 126 bilhões em energia limpa

De acordo com o Índice Climatescope, desenvolvido pela Bloomberg New Energy Finance, os novos investimentos em renováveis atingiram o valor recorde de US$ 126 bilhões em 2014, alta de US$ 35,5 bilhões ou 39% a mais que em 2013.


Publicado em: 26/11/2015 às 19:30hs

Mercados emergentes atraem investimentos de US$ 126 bilhões em energia limpa

As nações em desenvolvimento ultrapassaram os países mais ricos do mundo em 2014, atraindo mais investimentos em energia limpa e expandindo mais do que nunca a geração de energia eólica, solar e outras fontes de energia renovável, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 23 de novembro. De acordo com o Índice Climatescope, desenvolvido pela Bloomberg New Energy Finance, os novos investimentos em renováveis atingiram o valor recorde de US$ 126 bilhões em 2014, alta de US$ 35,5 bilhões ou 39% a mais que em 2013.

Nos 55 países avaliados pelo Climatescope em mercados emergentes na África, Ásia, América Latina e Caribe, foram adicionados 50,4 GW de nova capacidade de energia renovável, registrando um aumento de 21% em relação ao ano anterior. Os resultados, revelou o índice, foram puxados pelo crescimento na China, que acrescentou 35 GW de capacidade de nova geração renovável, mais do que a energia limpa instalada nos Estados Unidos, Reino Unido e França juntos em 2014.

Ao mesmo tempo, os investimentos "Sul-Sul" - fundos aplicados nos países do Climatescope de bancos ou outras instituições financeiras baseadas nesses países - subiram para US$ 79 bilhões no ano passado em comparação aos US$ 53 bilhões do ano anterior.

Segundo o estudo, o declínio contínuo nos custos de energia limpa parece estar motivando o crescimento. Os custos associados à energia solar fotovoltaica têm caído 15% anualmente em todo o mundo. "A energia solar é particularmente competitiva nos mercados emergentes, os quais muitas vezes sofrem com preços muito elevados da geração de energia fóssil, ao mesmo tempo em que desfrutam de bons recursos solares", apontou.

O estudo mostra ainda que o progresso em 2014 foi atingido apesar de baixas taxas de crescimento econômico em certos países pesquisados. O crescimento do produto interno bruto médio pelos países do Climatescope caiu para 5,7% em 2014, de 6,4% em 2013, com desaceleração mais evidente em países importantes como Brasil, África do Sul e China. Apesar do recuo, esses três países atraíram um total de US$ 103 bilhões em novos investimentos em energia limpa em 2014.

Fonte: CanalEnergia

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