Preços Agropecuários

Mercado do suíno valorizado no centro-sul do Brasil

O mercado brasileiro de carne suína encerrou a quarta semana de julho com uma menor valorização na média de preços do quilo vivo na região Centro-Sul, que passou de R$ 3,43 para R$ 3,45


Publicado em: 29/07/2014 às 17:30hs

Mercado do suíno valorizado no centro-sul do Brasil

"Conforme o esperado, o mercado deu uma segurada no movimento de alta verificado nas últimas semanas, diante da demanda mais retraída na segunda quinzena do mês", destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Hedler.

Ele comenta que na integração do Paraná o quilo do animal vivo teve reajuste de sete centavos desde a semana passada, sendo cotado a R$ 3,41. Nas regiões Oeste, de Ponta Grossa e Arapoti o quilo vivo do suíno permaneceu cotado a R$ 3,50. No Rio Grande do Sul houve um incremento de seis centavos no preço do suíno integrado, que passou de R$ 2,92 para R$ 2,98. No interior, houve elevação de um centavo no preço, que chegou a R$ 3,65. Em Santa Catarina a integração apresentou aumento de cinco centavos para o quilo vivo, sendo cotado a R$ 3,00. No interior o preço do suíno seguiu inalterado, cotado a R$ 3,60.

No atacado, a média de preços da carcaça se manteve em R$ 5,27, apesar das variações de preços observadas em alguns estados. "No estado de São Paulo houve queda de dez centavos nas carcaças tipo exportação e comum, que passaram de R$ 5,50 para R$ 5,40 e de R$ 5,35 para R$ 5,25. Este recuo, entretanto, foi compensado pelo incremento de dez centavos na carcaça tipo exportação no Paraná, que chegou a R$ 5,48, de cinco centavos na carcaça comum em Minas Gerais, que alcançou preço de R$ 5,10 e de seis centavos na carcaça comum de Santa Catarina, que foi cotada a R$ 5,28", detalha. Para o pernil, a exemplo do que já ocorrera na semana anterior, não houve variações na média de preços, que seguiu em R$ 6,59.

Hedler projeta que os preços no atacado provavelmente recuarão mais um pouco até a virada do mês, em decorrência da queda na demanda, o que levou os frigoríficos a reduzir os abates em relação ao começo do mês, buscando um melhor ajuste para o período. Para o suíno vivo, o indicativo é de estabilidade nos preços até o encerramento de julho.

O analisa destaca que as exportações de carne suína "in natura" continuam abaixo dos níveis registrados no mês passado. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior nesta semana, a média diária de embarques teve uma ligeira recuperação, passando de 1,3 mil toneladas nas primeiras duas semanas do mês para 1,5 mil toneladas na terceira semana. "No acumulado do mês, entretanto, as vendas de carne suína brasileira ao exterior somam um volume total de 21,4 mil toneladas e faturamento total de US$ 78,6 milhões. Em receita a média diária de julho recuou 28,5% na comparação com junho, passando de US$ 7,9 milhões para US$ 5,6 milhões", afirma.

Para Hedler, o enfraquecimento nas vendas ao mercado externo também deverá elevar a disponibilidade interna, o que tende a limitar o movimento de alta das cotações registrado durante as últimas semanas no mercado interno.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou ainda que em São Paulo a arroba suína foi cotada a R$ 75,50, mesmo valor da semana passada. No Mato Grosso do Sul a cotação seguiu em R$ 3,10 na integração e a R$ 3,60 em Campo Grande. Em Goiânia não houve mudanças no preço, que continuou em R$ 3,90. No interior de Minas Gerais e no mercado independente os preços também não sinalizaram mudanças, permanecendo, respectivamente, em R$ 3,90 e R$ 3,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo seguiu a R$ 2,83 em Rondonópolis, enquanto na integração do estado a cotação subiu de R$ 2,98 para R$ 3,13.