Publicado em: 07/11/2017 às 16:20hs
Qualificar os operadores de colhedora, sistematizar todo o sistema de colheita, utilizar-se de sistema de fila única de transbordo no campo, dimensionar os canaviais para uma maior colheitabilidade, com tiros mais longos e menor tempo para manobras, utilização do GPS, monitoramento online dos equipamentos, discussão e validação diárias/semanal/mensal dos indicadores operacionais, estas são práticas que se adotadas podem resultar em ganhos de até 0,48 litros de combustível por tonelada de cana (baseado no benchmarking da UDOP) totalizando R$ 3 milhões por safra, no quesito consumo de combustíveis pelas colhedoras, considerando uma usina média que processe cerca de 2 milhões de toneladas de cana por temporada. As dicas são do Gerente da Divisão de Controle de Gestão e Auditoria da Usina Bevap, Franklin Asanza.
Segundo Franklin, comparando hoje usinas de mesmo porte, é possível observar muitas diferenças no consumo de combustíveis pelas colhedoras de cana entre estas unidades. "Dentre os fatores que impactam diretamente nestes números vemos a idade média das colhedoras, a produtividade/TCH da lavoura de cana, a experiência dos operadores, a colheitabilidade da região com tiros longos ou tiros curtos, o dimensionamento interno das frentes de colheita, e os tempos mortos, ou seja, o tempo em que o motor da colhedora fica ligado sem fazer a colheita, aguardando o transbordo, manutenção de 1.500 horas nas colhedoras mais robustas (mini-reformas no decorrer da safra), fatores estes que , conjugados, resultam em uma redução no CT de aproximadamente R$ 7,50 por tonelada colhida (utilizado os dados que têm menor custo de CT e a Média da pesquisa da UDOP)", destaca Franklin.
Saber comparar-se com as demais usinas para poder agir no sentido de evitar o desperdício, com o gasto maior, é muito importante, também, na visão do Gerente da Bevap, por isso a usina participa da Pesquisa de Custos e Indicadores Automotivos da UDOP. "A participação na Pesquisa UDOP é importante pois todo o benchmarking é válido e serve como direcionamento para o lançamento de nossas metas", destaca.
Finalizando a entrevista, Franklin destaca ainda que a troca de colhedoras, mesmo da mesma marca, mas que já tenham atingido a vida útil recomendada de cinco anos, pode acarretar, também, numa economia de mais de R$ 3 milhões, nas operações, para uma usina média de 2 milhões de toneladas.
Pesquisa UDOP
A Pesquisa Automotiva, criada este ano pela UDOP, surgiu do desmembramento de dados da pesquisa Agrícola CCT/CTT, a fim de resultar em uma análise mais específica sobre manutenção automotiva e facilitar as tomadas de decisões. Esta pesquisa tem periodicidade mensal e está com o preenchimento de dados aberto desde maio deste ano.
Nesta nova pesquisa desenvolvida pela UDOP, os indicadores estão agrupados em dados automotivos; custo de produção, preparo e tratos culturais, que estão divididos, por sua vez, em tratores leves, pesados e plantadoras; e o custo de colheita, referente à colhedora, tratores, transbordos e caminhões canavieiros.
Cada um destes indicadores pesquisados analisa também a eficiência, custos de combustíveis e pneus, consumo e manutenção.
O preenchimento da Pesquisa Automotiva é exclusivo para usinas e destilarias e a participação é gratuita para associadas UDOP e não associadas. A inserção de dados é on-line, em uma área restrita do Portal UDOP. Para acessar o sistema é preciso um login e uma senha, disponibilizada para cada unidade participante. Para solicitar seu login, clique aqui.
Os relatórios de resultados estarão disponíveis por porte ou estado ou empresas e apenas para as unidades que inserirem os dados. Todas as informações são confidenciais e agrupadas, não permitindo, com isso, a identificação das unidades. Para saber mais entre em contato com a equipe de Pesquisa, no e-mail: pesquisas@udop.com.br ou no telefone (18) 2103-0528.
Fonte: Agência UDOP de Notícias
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