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Mato Grosso exporta acima da média nacional

As exportações dos produtos do agronegócio chegam a representar quase que 100% da pauta mato-grossense, percentual que extrapola, e muito, a média nacional, quando se compara a participação das commodities agrícolas dentro dos volumes embarcados pelo país


Publicado em: 01/09/2015 às 19:30hs

Mato Grosso exporta acima da média nacional

Em Mato Grosso, o índice varia entre 97% a 98%, e em alguns momentos do ano, especialmente durante a colheita da soja, a participação se aproxima bastante dos 99%, ou seja, da receita total do faturamento com as exportações de um único mês, quase 100% foram originados com as vendas de produtos agrícolas.

Segundo o Diário de Cuiagá, até junho, por exemplo, encerramento do primeiro semestre, o saldo das exportações do agro somou US$ 6,48 bilhões, já as exportações totais do Estado fecharam o acumulado dos primeiros seis meses com receita de US$ 6,54 bilhões.

No país, de janeiro a julho deste ano, o setor representou 46,4% do total das exportações brasileiras. No ano passado, esse percentual foi de 44%. ”A participação do agronegócio na balança comercial do Brasil está crescendo”, disse a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tatiana Palermo, durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira.

Ela também comparou o agronegócio com outras atividades da economia brasileira. Nos últimos 17 anos, acrescentou, o setor foi superavitário. “De 2011 a 2014, o agronegócio teve saldos positivos, na ordem de US$ 80 bilhões, enquanto que, com poucas exceções, os outros setores tiveram saldos negativos”, assinalou. “No ano passado, ajudamos a amenizar o saldo negativo da balança comercial do país”.

Segundo a secretária, o Brasil participa com 1,2% do comércio global. Na área do agronegócio, esse percentual foi de quase 8% em 2013 e 7% em 2014. “Temos grande potencial”.

Além de Mato Grosso, segundo maior exportador de produtos do agro do país, ranking liderado por São Paulo, contribuem fortemente para o desempenho do segmento no comércio internacional a performance dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

No caso de Mato Grosso, o desempenho poderia ser ainda melhor, mas desde o início do ano, na comparação anual, o Estado vem contabilizando retrações. No primeiro semestre, por exemplo, a queda foi de 24%. Em julho, na comparação com igual mês do ano passado, a contração ficou em 20%. A soja segue sendo o carro-chefe das exportações estaduais e a China, mesmo reduzindo seu apetite em quase 29% - também na comparação anual – segue sendo o maior parceiro comercial.

Mercados - Durante a audiência, realizada para debater aspectos do Plano Nacional de Exportações, a secretária destacou ainda a abertura de mercados no primeiro semestre deste ano. O acesso a novos destinos para os produtos do agronegócio brasileiro é resultado das negociações sanitárias e fitossanitárias feitas pelo Ministério da Agricultura com apoio do Itamaraty. “No primeiro semestre, conseguimos abrir vários mercados importantes. Entre eles, os Estados Unidos, para o qual já podemos negociar carne bovina in natura. A China, por sua vez, suspendeu o embargo à carne bovina”, ressaltou Tatiana. “Só nos primeiros 45 dias após a reabertura do mercado chinês, exportamos 15 mil toneladas de carne bovina. É uma verdadeira batalha que teve resultado positivo.”

Entre os principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro, estão a China, União Europeia, Rússia, Estados Unidos e Japão, enfatizou a secretária do Mapa. “Esses mercados compram a metade do que o mundo compra em produtos agropecuários, mais de US$ 500 bilhões anuais”.

A perspectiva para o segundo semestre, antecipou Tatiana, é a abertura dos mercados do Canadá, para carne bovina in natura, e da Coreia do Sul, para carne suína, além da reabertura da Arábia Saudita para carne de gado.

Fonte: Só Notícias/Agronotícias

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