Publicado em: 10/07/2018 às 14:20hs
Produtor rural cultiva plantação do fruto nas cores da bandeira do Brasil e alavanca as vendas. Colheita da brasileirinha está garantida até o fim da Copa para a festa do título, diz agricultor.
Em ano de Copa do Mundo, a lavoura do produtor rural José Carlos Festuccia entra no clima da torcida pela seleção brasileira, em Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto (SP). A decoração natural nas cores da bandeira do Brasil estampa a plantação de abóboras, especialmente cultivada para alavancar as vendas. A abobrinha verde e amarela é chamada brasileirinha.
“Se Deus quiser, em 2022, estamos aí de novo com a abobrinha da Copa do Mundo. A cada jogo que o Brasil ganha eu vendo mais abobrinha. Agora, o povo vai ver na televisão e vai pedir mais ainda”, diz Festuccia.
Surpresa
A abobrinha curiosa surgiu por acaso na vida do produtor. Em 2013, ele semeou a lavoura de abóboras e uma delas chamou a atenção da família por causa das cores: metade verde, metade amarela.
“Eu achei muito bonito. É muito difícil acontecer e eu nunca tinha visto. Nós deixamos ela crescer, madurar até acabar a colheita. Aí nós pegamos a semente da abóbora madura e guardamos.”
No ano seguinte, seu Festuccia resolveu aproveitar os jogos do mundial no Brasil para ganhar dinheiro. As sementes guardadas da abobrinha colorida foram cultivadas e a colheita rendeu, além de chamar a atenção.
“Deu muito certo. A Copa influencia todo mundo, o Brasil inteiro. É muito difícil ver o plantio dela. O pessoal acha que é uma doença que a abóbora tem, mas não é. É a qualidade da abobrinha.”
Mais vitaminada
Segundo a Embrapa, a brasileirinha passou por um melhoramento genético em 2006, quando um pesquisador encontrou na plantação dele uma abóbora bicolor, mas com um amarelo esbranquiçado e um verde pálido. A partir da mutação genética, os pesquisadores obtiveram abóboras das mesmas cores, porém, mais vivas e chegaram à brasileirinha.
A variedade é rica em luteína, que protege a visão, evitando a catarata, e alfa-caroteno e beta-caroteno, vitaminas que combatem a formação de tumores.
A estudante Maria Eduarda Salgado Festuccia ajuda a cuidar da limpeza dos frutos antes de serem levados à venda. Com água e sabão, ela capricha para retirar a terra.
“Tem que esfregar bem devagarzinho para não machucar. Ela fica mais bonita e fica brilhante. Eu acho essa mais saborosa, ela fica mais bonita no prato. A parte amarela é mais saborosa. É a abobrinha da Copa”, diz.
Abobrinha do hexa
Se depender da torcida da família Festuccia, a seleção brasileira deve conquistar o hexa. A colheita da abobrinha verde e amarela está garantida até o fim da Copa para a festa do título.
“Vai ter abobrinha até o final da Copa. Se o Brasil ganhar, aí que vai vender mesmo. O terreno lá debaixo está plantado com a brasileirinha também e tem bastante. Vitória do Brasil e da minha família”, afirma o produtor.
Fonte: G1
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