Citando possíveis efeitos na economia dos Estados Unidos, o juiz federal norte-americano William Shubb concedeu decisão preliminar vedando a exigência de rotular produtos com o herbicida glifosato contendo um alerta de que "pode causar câncer". Para o juiz, a exigência é ilusória e falsa. A decisão preliminar foi buscada por grupos representando agricultores e 11 ministérios públicos estaduais.

“Os agricultores trabalham incansavelmente para colocar comida nas mesas dos americanos e o glifosato é uma ferramenta vital que os produtores confiam para fornecer comida segura e acessível”, disse Chandler Goule, CEO da Associação Nacional de Produtores de Trigo dos Estados Unidos, o principal acusador no caso.

“Todos órgãos regulatórios no mundo revisaram o glifosato e constaram que é seguro para uso e nenhum produto disponíveis combina o glifosato com um perfil de segurança e saúde comparável. Estamos satisfeitos com a decisão do juiz Shubb, que é o primeiro passo nossos esforços para prevenir que a Califórnia de forçar os agricultores e fabricantes a colocarem avisos falsos em produtos agrícolas. A proposta 65 da Califórnia sobre o glifosato é errônea e não é baseada na ciência”, acrescentou Goule.

O juiz, sediado no estado da Califórnia, corroborou a opinião do líder dos produtores. “Os avisos exigidos são falsos e enganosos. Os demandantes então estabeleceram uma probabilidade de sucesso dos méritos da sua reclamação de que o aviso viola os direitos da primeira emeda [da constituição dos Estados Unidos]. Há um peso enorme de evidência de que não é conhecida ligação do glifosato com câncer, portanto factualmente o aviso é impreciso e controverso”, afirmou William Shubb na decisão.