Gestão

Irrigação pode fazer valor bruto da produção crescer 426%

O Valor Bruto da Produção (VBP) poderia crescer 426% se todas as áreas destinadas à agricultura e à pecuária no Brasil fossem irrigadas, garantindo aumento da produtividade agropecuária


Publicado em: 12/09/2014 às 18:40hs

Irrigação pode fazer valor bruto da produção crescer 426%

O cálculo foi apresentado nesta semana pelo assessor da Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Ananias Filho, no XXIV Congresso de Irrigação e Drenagem, que acontece até amanhã na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.

Ele destacou que o aumento da produtividade agropecuária é uma meta a ser perseguida, tendo em vista a necessidade de o Brasil ampliar a produção de alimentos para atender à demanda mundial crescente. "O uso da irrigação é um diferencial para aumentar a produtividade sem avançar sobre novas áreas de vegetação nativa", afirmou.

O técnico da CNA, Nelson Ananias, citou o uso racional da água nos sistemas irrigados. "Ninguém vai desperdiçar água. Os produtores irrigam somente o necessário porque o uso indiscriminado da água pode comprometer a competividade da produção", afirmou. Essa é uma percepção consolidada entre a maioria dos especialistas no tema, mas precisa ser difundida entre a população em geral, para que a irrigação seja reconhecida como um modelo sustentável.

Para que essa meta seja alcançada, a CNA defende a definição de conceitos para uso e reuso direto e indireto da água, estimulando essas práticas. Isso é preciso porque os produtores rurais podem captar água já utilizada em outros setores e reaproveitá-la em suas propriedades rurais. "Eles podem captar água de qualidade inferior, usá-la na irrigação e transformá-la em água de melhor qualidade", afirmou ao defender que a prática seja reconhecida como "serviço ambiental".

Outra proposta da CNA é a elaboração de um estudo para dimensionar a demanda de diversos segmentos agropecuários por água. Hoje, este cálculo leva em conta dados internacionais que não refletem a realidade dos sistemas produtivos brasileiros. As informações foram divulgadas ontem pela CNA.

Fonte: Diário do Comércio

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