Publicado em: 27/06/2016 às 18:40hs
A informação consta do relatório anual World Investment Report 2016 divulgado nesta terçafeira (21/06) pela Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Com esse desempenho, o Brasil vai na contramão da tendência global, que registrou forte aumento de 38% nos fluxos de investimento direto no ano passado.
Fluxo total - De acordo com dados divulgados pela entidade, o fluxo total de investimento estrangeiro para o País caiu de US$ 73,086 bilhões em 2014 para US$ 64,648 bilhões no ano passado. "A atividade de investimento em geral no Brasil medida pela formação bruta de capital fixo caiu no decorrer do ano registrando declínio acumulado de 14% em termos reais no fim de 2015", cita o documento.
Infraestrutura - "Com a economia em recessão e os resultados corporativos em queda, os lucros reinvestidos tombaram 33%". Entre os setores que mais sofreram, a entidade destaca o segmento de infraestrutura.
Segmentos - O relatório da Unctad nota que, apesar da crise econômica e da queda do valor total, alguns segmentos tiveram aumento do investimento estrangeiro. A entidade destaca que o investimento estrangeiro destinado à compra de ações se mostrou "resiliente" e registrou aumento considerado "modesto" de 4% no ano.
Destaque - Por setores, destaque para a indústria automotiva e saúde. "A despeito da queda da produção de carros, o investimento em ações no setor automotivo aumentou expressivamente conforme projetos antigos avançaram", cita o relatório.
Saúde - Para a saúde, o investimento estrangeiro saltou de US$ 16 milhões para US$ 1,3 bilhão em um ano após mudança da legislação que passou a aceitar capital estrangeiro para o setor.
Incentivo - Ao mesmo tempo, a desvalorização do real incentivou multinacionais interessadas em ativos no Brasil já que a conversão para a moeda brasileira é mais favorável ao estrangeiro e dá oportunidade de comprar ativos com desconto. Nesse ambiente, a Unctad destaca a operação de compra de ações da fabricante de cigarros Souza Cruz pela British America Tobacco por US$ 2,45 bilhões.
Fonte: Estadão Conteúdo
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