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INTERNACIONAL: Aumento da tensão entre EUA e China provoca queda nos mercados globais

Os mercados acionários internacionais reagem nesta terça-feira (19/06) ao aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, especialmente depois de o presidente americano, Donald Trump, elevar a disputa com Pequim ameaçando taxar mais bens chineses


Publicado em: 20/06/2018 às 11:20hs

INTERNACIONAL: Aumento da tensão entre EUA e China provoca queda nos mercados globais

Ásia - Na Ásia, o Nikkei 225, de Tóquio, caiu 1,77%, aos 22.278,48 pontos. O Xangai Composto, de Xangai, recuou 3,78%, somando 2.907,82 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, cedeu 2,78% enquanto o Kospi, de Seul, declinou 1,52%, ficando em 2.340,11 pontos.

Europa - Na Europa, o DAX, de Frankfurt, e o CAC-40, de Paris, operavam com perdas acima de 1% nesta manhã. Também estavam no campo negativo o FTSE-100, de Londres, o FTSE MIB, de Milão, e o IBEX 35, de Madri. O Stoxx 600 cedia quase 0,80%.

Novas tarifas - Ao representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, Trump pediu para preparar novas tarifas sobre US$ 200 bilhões em importações da China, aprofundando a disputa que tanto empresas como investidores temem afetar o comércio global e o crescimento econômico.

Última rodada - As tarifas, que podem ser de 10%, representam a última rodada de medidas punitivas em uma tensão crescente sobre os desequilíbrios comerciais entre Estados Unidos e China. Recentemente, Trump ordenou tarifar sobre US$ 50 bilhões em bens chineses em retaliação sobre roubo de propriedade intelectual. A China respondeu na mesma proporção.

Intenção - "Aparentemente, a China não tem intenção de mudar suas práticas injustas relacionadas à aquisição de propriedade intelectual e tecnologia americanas", afirmou Trump em comunicado divulgado na segunda-feira. "Em vez de mudar essas práticas, agora ameaça as companhias, trabalhadores e agricultores dos Estados Unidos que não fizeram nada de errado", complementou.

Ameaça - O presidente americano acrescentou que "as tarifas vão ser implementadas se a China se recusar a mudar suas práticas e se for adiante com as novas taxas anunciadas recentemente".

Crítica - Nesta terça-feira, o Ministério do Comércio da China criticou a última ameaça de taxação dos Estados Unidos, dizendo que é um "ato de extrema pressão e chantagem que desvia do consenso alcançado por ambos países após muitas negociações e é uma decepção para a comunidade internacional".

Contrapartidas - "Se os Estados Unidos se tornarem irracionais e taxar a lista de produtos chineses, a China não terá escolha a não ser adotar fortes contrapartidas de mesmo volume e qualidade", apontou o ministério chinês em comunicado. Trump disse, por sua vez, que se a China responder à nova rodada de tarifas, terá que reagir "buscando tarifas adicionais sobre outros US$ 200 bilhões em bens".

Identificação - Não está claro de imediato quando as novas tarifas podem ser implementadas uma vez que o Departamento de Comércio americano ainda tem de identificar os produtos chineses que podem ser penalizados ou sofrerem revisão. A primeira rodada de penalidades anunciados pelos EUA e pela China deve ser efetivada em 6 de julho.

Propriedade intelectual - As sanções relacionadas à propriedade intelectual são as últimas de uma série de medidas protecionistas apresentadas por Trump nos meses recentes, que incluem taxas sobre o aço e o alumínio importados para os EUA, além de uma retórica mais dura nas negociações comerciais de Washington para Pequim.

Fonte: Portal Paraná Cooperativo

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