Meio Ambiente

Importância das árvores plantadas bem manejadas na regulação dos fluxos hídricos será abordada no 8º Fórum Mundial da Água e no Water Business Day

Maior evento global sobre a água será realizado em Brasília entre 18 e 23 de março


Publicado em: 20/03/2018 às 07:00hs

Importância das árvores plantadas bem manejadas na regulação dos fluxos hídricos será abordada no 8º Fórum Mundial da Água e no Water Business Day

A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) participa de debate sobre a questão da água no setor produtivo durante o Water Business Day, uma iniciativa da CNI, a ser realizada no dia 18 de março, junto com a abertura do 8° Fórum Mundial da Água, em Brasília. Organizado pelo Conselho Mundial da Água, esse é o maior evento global sobre o tema e acontece pela primeira vez no hemisfério Sul, até o dia 23 de março.

Além da palestra da Ibá, o Professor Silvio Ferraz, da Escola Superior de Agricultura, Luiz de Queiroz (Esalq/USP) irá falar, no dia 20 de março, às 16h30, no estande da CNI/FIEMG no Fórum Mundial da Água, sobre “Integração universidade-empresa para conservação da água em plantios florestais”.

A Ibá irá abordar como manejo correto de árvores plantadas auxilia na regulação do fluxo hídrico, além de apresentar dados exclusivos de um estudo recém-desenvolvido pela entidade sobre a relação da componente fabril, árvores plantadas, conservação das florestas e os recursos hídricos.

Desde a década de 1980, as companhias da indústria de árvores plantadas estão comprometidas com pesquisas e adoção de melhores práticas de manejo, com intuito de contribuir com a manutenção e regulação do fluxo hídrico, especialmente nas regiões onde estão presentes. Nos últimos 40 anos, por exemplo, o setor diminuiu em 75% a utilização da água em todo seu processo fabril. E a indústria retém em seu produto apenas 0,3% de toda a água utilizada no processo produtivo. Do restante, 80% do volume retorna ao ponto de origem e 19,7% volta à atmosfera em forma de vapor. Ou seja, 0,3% é retido no produto e 99,7% é devolvido ao ambiente.

O setor mantem quase 60 microbacias monitoradas nas cinco regiões do país, que contemplam áreas com florestas de eucalipto, pinus, teca, florestas com espécies nativas e pastagens.

O monitoramento das microbacias ocorre de forma voluntária e independente dentro das empresas e por meio de parcerias com universidades e institutos de pesquisa como a SIF/UFV e o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF). O Programa Cooperativo sobre Monitoramento e Modelagem de Bacias Hidrográficas (Promab), do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, possui estudos que demonstram que o responsável pela indisponibilidade de recursos hídricos é o manejo inadequado e não uma ou outra espécie por si só. O primeiro passo é respeitar Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RL), além de utilizar material genético adequado à região, e práticas silviculturais que evitam ou mitigam efeitos indesejados.

Árvores plantadas para fins industriais recuperam áreas degradadas previamente pela ação do homem e contribuem para preservar a biodiversidade. Isso possibilita a regulação do fluxo hídrico e conservação do solo. As plantações florestais comerciais ocupam 7,84 milhões de hectares, incluindo eucalipto, pinus e demais espécies (acácia, araucária, paricá e teca). O setor conserva 5,6 milhões de hectares de áreas naturais na forma de Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reserva Legal (RL) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Além disso, recuperou, em 2016, cerca de 45 mil hectares de áreas degradadas. Assim, para cada 1 hectare de florestas plantadas, conserva-se 0,7 hectare de área natural.

Fonte: IBÁ - Indústria Brasileira de Árvores

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