Ontem (22), no interior paulista, o frango vivo perdeu toda a sustentação anterior: viu seu preço recuar cinco centavos, sendo negociado por R$2,45/kg. Minas Gerais acompanhou na mesma medida, seu valor de referência retrocedendo também para R$2,45/kg.

Não é o caso de Minas onde, há menos de um ano (entre o final de junho e os primeiros dias de julho de 2017), o frango vivo chegou a ser negociado por R$2,10/kg. Mas em São Paulo, o preço agora registrado não era observado desde 11 de junho de 2015, ou seja, há quase 1.000 dias.

O retrocesso ontem registrado vinha sendo “cantado” desde o início da semana. E, de certa forma, demorou a ocorrer. Porque, desde a semana passada, com o início da Quaresma, o mercado do frango abatido vem apresentando extrema fragilidade. Tanto que, em menos de uma semana de negócios, seu preço já recuou mais de 5%.

Mas o frugal comportamento do frango – vivo ou abatido – tem pouco a ver com o período religioso. O consumo é que não deslancha, ou seja, a abstinência continua sendo compulsória. E é agravada por um desempenho aquém do normal nas exportações.

Como vem ocorrendo um sensível incremento de negócios por valores ainda inferiores aos da atual cotação, a hipótese de novos decréscimos não está descartada. Muita coisa pode ocorrer nestes seis dias finais de fevereiro.