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FOCUS: Projeções de analistas para PIB deste e do próximo ano pioram

As projeções para o desempenho da economia brasileira neste e no próximo ano continuam em franca deterioração e já há quem veja queda de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015


Publicado em: 31/07/2015 às 18:10hs

FOCUS: Projeções de analistas para PIB deste e do próximo ano pioram

Segundo os analistas consultados para o boletim Focus, do Banco Central, a atividade deve encerrar o ano com contração de 1,76%, contra previsão anterior de queda de 1,7%. A onda de revisão de projeções para a economia, porém, ainda não parece ter chegado ao fim. Nesta segunda-feira (27/07) o Banco Fibra rebaixou fortemente sua estimativa para o PIB, de queda de 1,7% para 3,1%, puxada por uma forte contração esperada para a absorção doméstica, que pode alcançar 4,3%. Para 2016, o economista­chefe do banco, Cristiano Oliveira, passou a estimar recuo de 1% do PIB, contra queda de 0,2% no cenário anterior.

Fraqueza da economia - Os analistas consultados para o boletim Focus ainda estimam crescimento de 0,2% do PIB no ano que vem, mas a tese de que a fraqueza da economia vai se estender para o ano que vem ganhando força. Na semana passada, o Credit Suisse também passou a projetar queda do PIB em 2016.

Política fiscal e monetária - Para Oliveira, do Fibra, parte da percepção pior sobre a economia no ano que vem se deve à expectativa de que a política fiscal e monetária vão ficar mais contracionistas, caso a dívida soberana brasileira perca a classificação de grau de investimento.

Expectativas - Ao mesmo tempo, dadas as expectativas ruins para a atividade doméstica, o banco revisou para baixo a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2016, de alta de 5% para 4,8%. "Vale dizer que, em algumas simulações, já vemos o IPCA de 2016 exatamente em 4,5%, isto é, o centro da meta para a inflação", diz a equipe.

Inflação - No Focus, a projeção para a inflação subiu para 9,23% em 2015 e permaneceu estável em 5,4% para o ano que vem.

Fonte: Informe OCB

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