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FOCUS: Mercado derruba projeção de alta do PIB em 2014 de 0,70% para 0,52%

Analistas do mercado financeiro reduziram pela décima-quarta semana consecutiva suas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), de acordo com o boletim Focus, do Banco Central


Publicado em: 02/09/2014 às 11:40hs

FOCUS: Mercado derruba projeção de alta do PIB em 2014 de 0,70% para 0,52%

A mediana das projeções colhidas entre cerca de cem instituições caiu de 0,70% para 0,52%. O ajuste ocorre após a divulgação do PIB do segundo trimestre, na sexta-feira (29/08), que mostrou queda de 0,6% ante os três primeiros meses do ano. Além disso, o desempenho do PIB de janeiro a março também foi revisado para baixo, de crescimento de 0,2% para recuo de 0,2% ante o quarto trimestre de 2013.

Recessão técnica - Com isso, o país viveu nos primeiros seis meses deste ano a chamada recessão técnica, quando há dois trimestres consecutivos de queda da atividade.

Primeira edição - Na primeira edição do Boletim Focus deste ano, de 3 de janeiro, a mediana das expectativas era de um crescimento econômico de 1,95% em 2014.

Recuperação frágil - Para economistas ouvidos pelo Valor após a divulgação do resultado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os indicadores de confiança e de atividade já conhecidos apontam para recuperação frágil no terceiro trimestre e dificilmente a segunda metade do ano terá ritmo suficiente para levar a economia a encerrar 2014 com avanço superior a 0,5% em relação a 2013.

2015 - O Focus também mostra uma revisão para baixo nas projeções para o PIB do próximo ano, de 1,20% para 1,10%. Há um mês, o mercado esperava crescimento de 0,86% neste ano e de 1,50% no próximo.

Indústria - Para a indústria, um dos destaques negativos do PIB no segundo trimestre, as estimativas dos analistas melhoraram ligeiramente. A mediana das projeções passou de queda de 1,76% para recuo de 1,70% neste ano. Para 2015, a aposta seguiu em crescimento de 1,7%.

Encolhimento - No segundo trimestre, o PIB da indústria encolheu 1,5% na comparação com o primeiro e recuou 3,4% ante o mesmo período do ano passado, segundo o IBGE.