Brasil

FMI apoia política econômica, diz Levy

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) apoiou a nova política econômica do Brasil, em sua primeira participação nas reuniões semestrais do Banco Mundial e do FMI


Publicado em: 17/04/2015 às 19:50hs

FMI apoia política econômica, diz Levy

"É importante, é mais um apoio a tudo que tem sido feito, inclusive às discussões que tem ocorrido no Congresso e que são fundamentais para a gente concluir esse ajuste e entrar na rota do crescimento", disse Levy.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou que uma "política fiscal séria" foi adotada pelo governo brasileiro neste ano. Com isso, o país deve voltar a ter crescimento em 2016.

Antes, ao comentar a performance desigual de emergentes, ela tinha dito que o Brasil estava "estagnado". O FMI prevê que o PIB brasileiro vai encolher 1% neste ano.

Na agenda de Levy também esteve encontro com o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim,, Segundo a Folha apurou, Levy pediu para que o banco pense em "financiamentos inovadores para a área de infraestrutura", no país.

Kim teria dito que tem "muito interesse nessa agenda" e também se dispôs a dar todo o apoio à solicitação.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que também está em Washington para os encontros do FMI, vai se reunir, nesta sexta (17), com investidores.

Segundo uma fonte da equipe econômica, o objetivo de Tombini é passar a ideia de que o Brasil tem rumo e que este é um ano de transição. O presidente do Banco Central também vai dizer que há progresso fiscal e que o país caminha para a convergência da meta de inflação no fim do ano que vem.

Banco dos brics

Em reunião entre os países do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), ficou decidido que os países-membros escolherão nas próximas duas semanas quem serão os executivos a dirigirem o novo banco. A Índia ocupará a presidência e os outros quatro países indicarão um vice-presidente cada um para o banco que será sediado em Xangai (China).

A Folha apurou que os sócios têm a expectativa de que o novo banco já esteja em operação no início de 2016.

Grécia

Lagarde, descartou a possibilidade de conceder à Grécia um adiamento do pagamento de empréstimos do Fundo. Reportagem do jornal "Financial Times" afirma que o governo grego abordou informalmente o FMI para tratar do assunto --Atenas nega ter discutido o tema.

A Grécia tem que pagar empréstimos totalizando cerca de " 1 bilhão ao FMI em maio.

"Adiamentos não foram concedidos pelo FMI nos últimos 30 anos", disse a comandante do Fundo.

Fonte: Folha de S. Paulo

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