Mercado Florestal

Fibria terá o primeiro viveiro de mudas de eucalipto 100% automatizado do mundo

Produção de mudas será de 11,5 mil unidades por hora


Publicado em: 05/10/2016 às 15:15hs

Fibria terá o primeiro viveiro de mudas de eucalipto 100% automatizado do mundo

A Fibria, líder mundial na produção de celulose de eucalipto, está construindo o primeiro viveiro de mudas de eucalito totalmente automatizado do mundo. O empreendimento faz parte do Projeto Horizontes 2, em Três Lagoas (MS), que inclui uma nova fábrica, ao lado da fabrica que funciona há 7 anos na cidade.

O viveiro, segundo Nilson Oliveira, gerente de automação da companhia, usará tecnologia holandesa, adaptada da produção de flores. "Com a tecnologia adotada e a automação dos processos, a produção anual de mudas será de 43 milhões ", diz. "Ou 11,5 mil mudas por hora."

Atualmente, a Fibria produz 12 milhões de mudas de eucalipto por ano, utilizando mão-de-obra humana. "A outra novidade é que a empresa deixará de utilizar tubetes de plástico para produzir as mudas e passa a adotar um papel biodegradável, que se desintegra no solo após o crescimento das raízes", afirma.

Marcelo Castelli, presidente da Fibria, diz que a tecnologia vai proporcionar a redução do consumo de plástico e, pricipalmente, de água. "Os tubetes usados na produção de mudas são reaproveitados, mas precisam ser lavados antes de receberem uma nova planta", explica. "Esta é uma inovação inédita no setor de papel e celulose no mundo."

O executivo diz que, com o investimento, a Fibria deixará de ter um viveiro para ter uma fábrica de mudas. "Literalmente, o viveiro passará a ser uma fábrica com a tecnologia mais avançada do mundo". A empresa trabalha hoje com pelo menos 14 clones de diferentes variedades de eucalipto.

Coração da fábrica

Na última terça-feira (27/9), a Fibria instalou o "tubulão da caldeira", equipamento essencial para o funcionamento do Projeto Horizontes 2, responsável por concentrar todo o vapor gerado na caldeira e distribui-lo aos processos de geração de energia eletrica na unidade. "A caldeira é o coração de uma fábrica de celulose", diz Castelli.

O equipamento também é o mais pesado da obra, com 180 toneladas. Para içar o tubulão a uma altura de 80 metros, foi necessário utilizar um guincho com capacidade para 800 toneladas.

As obras de expansão da fábrica em Três Lagoas já atingiram 54%. Horizontes 2 terá capacidade para produzir 1,95 milhão de toneladas, e as obras devem ser concluídas em outubro do ano que vem. A partir de 2018, a companhia passará a produzir só em Três Lagoas 3,25 milhões de toneladas de celulose (as duas fábricas) e 7,25 milhões por ano no total (quatro fábricas).

O presidente da empresa diz que o objetivo é atingir 10 milhões de toneladas, produzidas pela Fibria e empresas parceiras, mas ele projeta este número para os anos de 2020. "A demanda por celulose é certa no mundo todo, sobretudo quando pensamos no mercado chinês, que deve crescer significativamente nos próximos anos", afirma.

Segundo o executivo, essa demanda virá de papeis sanitários - papel higiênico, lenços e toalhas de papel - e não de papel para escrever. "O uso de papeis sanitários faz parte do desenvolvimento social global."

Fonte: Globo Rural

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