Adubos e Fertilizantes

FERTILIZANTES: Impacto nos valores do frete coloca em risco produtividade no campo, alerta Ocepar

Se já não bastassem os prejuízos causados com os 10 dias de paralisação do transporte rodoviário por conta do movimento dos caminhoneiros no final de maio, agora o setor produtivo alerta para o aumento nos custos de produção em decorrência da majoração na tabela de fretes


Publicado em: 21/06/2018 às 16:40hs

FERTILIZANTES: Impacto nos valores do frete coloca em risco produtividade no campo, alerta Ocepar

Para o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), este impasse causado com o tabelamento do frete, provocou um estrangulamento do transporte de insumos agrícolas básicos, colocando em risco a produtividade no campo. Um exemplo é o setor de fertilizantes, onde 75% do insumo principal é importado e boa parte está parada no Porto de Paranaguá esperando por transporte rodoviário.

Paranaguá – Nesta terça-feira (19/06), segundo informações de alguns importadores, 18 navios aguardam na fila em Paranaguá à espera de desembarque de fertilizantes. Todos parados devido à falta de definição em relação ao valor do frete para que os caminhões transportem o produto ao interior. Até o final de junho, deverão chegar mais navios com fertilizantes, com capacidade de 25 mil toneladas cada, totalizando cerca de 1,9 milhões de toneladas a serem desembarcadas até julho. No ano passado foram importados por Paranaguá, 8,5 milhões de toneladas de fertilizantes que abasteceram lavouras do Paraná, Paraguai e de outros estados produtores.

Demurrage – Os armazéns das empresas importadoras no Porto de Paranaguá já estão tomados e sem perspectiva de escoamento até que se chegue a uma definição em relação ao impasse sobre os valores dos fretes. Cada navio parado tem um custo para o importador (demurrage) de US$ 15 mil por dia. Multiplicando por 18 navios parados, este valor chega à casa de US$ 270 mil/dia, ou seja, mais de R$ 1 milhão/dia que deverão ser repassados aos produtores e consumidores, com aumento nos custos de produção e dos alimentos.

Baixa produtividade – Para José Roberto Ricken, presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), todo este insumo já deveria estar na região produtora a disposição dos agricultores para que possam se planejar para o início do plantio da safra de verão (agosto de 2018). “Corremos o risco de grande parte dos produtores não conseguirem utilizar a tecnologia adequada o que poderá impactar na produtividade para a próxima safra”, ressalta.

Solução urgente – Ricken cobra das autoridades uma solução urgente ao impasse criado após as constantes mudanças ocorridas na tabela de fretes e que vem ocasionando a estagnação no setor. “No caso específico dos fertilizantes, a situação se agrava ainda mais pelo fato que todo este insumo tem que chegar, em até 60 dias, no interior do País”. Segundo ele, “apenas 45% das cargas estão sendo transportadas e essa demora acarretará consequências incalculáveis, pois o campo, como os demais setores produtivos, depende de planejamento, sem isso é prejuízo na certa e com reflexos diretos para economia brasileira”, alerta o dirigente cooperativista.

Fonte: Portal Paraná Cooperativo

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