Gestão

FAEMG convoca produtores para contabilizar prejuízos com a seca

Com renda menor e tendo que arcar com custos de produção mais altos, produtores estão incapacitados de honrar os financiamentos de custeio da safra e, consequentemente, não têm acesso a crédito para as próximas lavouras


Publicado em: 02/03/2015 às 19:00hs

FAEMG convoca produtores para contabilizar prejuízos com a seca

A fim de reforçar a reivindicação de renegociação emergencial dos passivos do setor encaminhada ao governo do estado e ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a FAEMG pede aos produtores e às lideranças rurais que enviem documentos e laudos técnicos que quantifiquem o volume de perdas na produção e a contratação de crédito. 


“Reconhecemos que a situação é gravíssima e estamos nos esforçando para encontrar soluções emergenciais que possam, pelo menos, minimizar esta crise. Precisamos de dados que quantifiquem os prejuízos e o passivo para ratificar nossas demandas junto aos governos estadual e federal. É fundamental que os produtores e seus representantes locais - sindicatos e cooperativas - nos subsidiem com informações. Já temos um levantamento preliminar das perdas elaborado logo no início do ano, mas só a partir de agora é possível contabilizar os prejuízos”, afirma Roberto Simões, presidente da FAEMG.

Nesta sexta-feira, a diretoria da Federação recebeu representantes de produtores da região Centro-oeste, liderados pelo presidente da Cooperativa de Crédito de Luz (Siccob Crediluz), Washington Fiúza Paulinelli. A comitiva relatou dificuldades e prejuízos com a safra e reforçou que a situação ficou pior recentemente com o aumento do preço do óleo diesel.

“Além de arcarem com os prejuízos causados pela seca e com custos de produção mais altos, os produtores ainda têm que pagar financiamentos contratados para custeio e investimentos. Não há condições. Se não receberem ajuda, muitos ficarão inviabilizados de continuar na atividade. Eles não têm mais acesso a crédito”, adverte Paulinelli.

Na semana passada foram os cafeicultores que apresentaram informações e reivindicações à FAEMG. Lideranças do Triângulo e Norte de Minas também já fizeram seus relatos. “Quanto mais informações tivermos mais força teremos para negociar com o governo. Além dos prejuízos com a lavoura e os contratos de crédito, os produtores podem enviar cópias de decretos municipais de situação de emergência. Tudo o que puder demonstrar que o setor precisa de apoio urgentemente. Esta semana nos reunimos com secretário de Agricultura, João Cruz. Na anterior estivemos com a ministra da Agricultura, kátia Abreu. Estamos discutindo formas de auxiliar os produtores neste momento, mas precisamos que eles participem. A FAEMG está aberta para recebê-los ”, ressalta Simões.


Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema FAEMG

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