As exportações brasileiras de carne de frango completaram ininterruptos 480 meses (o correspondente a 40 anos!) com novos e inesperados recordes, ou seja, superaram todas as marcas anteriores não apenas em volume (como já vinha sendo previsto no decorrer do mês), mas também na receita cambial.

Em julho, conforme a SECEX/MDIC, o volume de produto in natura embarcado somou 409.823 toneladas, aumentando 10,37% em relação ao mês anterior (371.328 toneladas em junho passado, recorde agora superado) e 21,54% em relação a julho de 2014.

À primeira vista, para chegar a esse volume o setor exportador precisou fazer alguma concessão, pois, após quatro meses de alta, o preço médio do produto retrocedeu, recuando pouco mais de 2% em relação ao mês anterior. E, como vem se repetindo desde o início de 2015, continuou negativo em relação a 2014, apresentando queda de quase 15,5% sobre julho do ano passado.

Dado, porém, o excepcional volume alcançado no mês – quase dois terços a mais que o exportado seis meses antes, em janeiro de 2015 – a queda no preço médio não influenciou a receita cambial do produto que, pelo contrário, atingiu novo recorde. Foram US$685,139 milhões, valor que deixa para trás recorde mantido desde abril de 2013 – US$677,615 milhões.

Esses excelentes resultados representam, não há dúvida, a melhor recompensa para quem acaba de completar quatro décadas na exportação de carne de frango.