Esta foi a mensagem da presidente da instituição, Janet Yellen, em resposta a uma questão levantada pelo senador Bob Corker durante testemunho no comitê bancário do Senado americano. Parlamentares têm pressionado o Fed para adotar taxas negativas nos últimos meses, na linha do que fizeram a Europa e o Japão.

Sem planos imediatos - Yellen reafirmou que o BC americano não tem planos imediatos de acompanhar outros bancos centrais. “Essa não é uma questão que nós estamos ativamente considerando”, disse ela.

Taxa neutra - A dirigente do BC americano apontou ainda que a taxa neutra de juros está baixa em relação à média histórica, o que impossibilita que o banco central eleve muito a taxa de juros. A taxa de juros neutra ­ a taxa que permite um crescimento saudável do mercado de trabalho ao mesmo tempo que mantém a inflação instável ­ não pode ser medida com precisão. No entanto, economistas dizem que ela se encontra perto de zero, em parte porque a queda dos investimentos reduziu o ritmo de crescimento da produtividade.

Capacidade de intervenção - Com o investimento corporativo em queda, Yellen disse que o governo ainda tem a capacidade de intervir e impulsionar os investimentos para subir a taxa de juros neutra. Isso, por sua vez, permitiria que o Fed elevasse os juros, o que daria uma margem de segurança à política monetária, caso a economia sofra um choque negativo.

Choque negativo - "Se houver algum choque negativo na economia, como já estamos com juros em níveis muito baixos, não temos muito espaço para usar nossos métodos já testados", disse. O Fed seria então forçado a depender das ferramentas usadas na última crise financeira, como a compra de ativos, "orientação futura" e mudanças dos ativos no portfólio do Fed.