Suíno

Estudo apoia zona livre de peste suína clássica

Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Embrapa e veterinários de serviços estaduais se reuniram ao longo de um ano com o objetivo de traçar um plano de vigilância para suínos asselvajados (cruzamento do javali europeu com o porco doméstico)


Publicado em: 23/07/2014 às 13:40hs

Estudo apoia zona livre de peste suína clássica

Neste contexto, foi desenvolvido um plano de contingência da peste suína clássica nessas populações.

Em janeiro de 2013 o IBAMA liberou o abate para controle populacional desses animais, e o grupo trabalhou numa proposta para normatização para trânsito de carcaça de animais abatidos, que ainda será discutida com outros setores do Mapa.

O resultado do trabalho foi apresentado nesta sexta-feira (18) na Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, e segundo a coordenadora geral de Combate às Doenças, Denise Euclydes, o estudo subsidiará o pleito a ser apresentado ainda este ano à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), buscando o reconhecimento internacional dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina como zona livre de peste suína clássica.

“Com este trabalho apresentado pelos colegas teremos condições de mostrar para OIE que nós conhecemos a dinâmica dessa população de javalis e que possuímos um sistema de vigilância eficaz, de modo que se houver um episódio da doença nessa população, não colocará em risco a população suína comercial, pois estaremos preparados para atuar rapidamente”, destaca.

A veterinária e pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, Virgínia Santiago Silva, comentou que o trabalho realizado pela equipe foi muito produtivo. “Foi um grande desafio, mas atuamos com um grupo comprometido e capacitado para garantir hoje que a situação sanitária do Brasil se torne mais consistente com os procedimentos adotados”, afirma.

Javali europeu

É uma das mais conhecidas espécies de porcos selvagens e um animal exótico à fauna brasileira. Foi introduzido no país para exploração comercial, mas não se desenvolveu, resultando na soltura dos animais, que nos ambientes naturais tornaram-se asselvajados.

Estes animais ao cruzarem com o suíno doméstico se disseminam pelo território nacional e em vida livre são considerados nocivos às espécies silvestres nativas, ao meio ambiente, à agricultura e à pecuária. São animais de grandes dimensões, podendo o macho pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg. Medem entre 125 e 180 centímetros de comprimento.