Fruticultura e Horticultura

Estoque de suco de laranja brasileiro recua

Os estoques de suco de laranja brasileiro no país e na rede de distribuição das maiores empresas exportadoras (Cutrale, Citrosuco e Louis Dreyfus Commodities) espalhada pelo mundo recuaram para 534 mil toneladas equivalentes ao produto concentrado em 30 de junho, conforme a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR)


Publicado em: 22/07/2014 às 19:00hs

Estoque de suco de laranja brasileiro recua

Segundo a entidade, o volume é suficiente para 23 semanas de demanda, considerando-se que, em média, os embarques alcançam cerca de 90 mil toneladas por mês.

No fim do primeiro semestre do ano passado, os estoques somavam 766 mil toneladas. Em 31 de dezembro, eram 1,046 milhão de toneladas. A redução era esperada. Por causa dos estoques acumulados depois de duas grandes safras de laranja em São Paulo e no sul de Minas Gerais, onde as indústrias se abastecem de matéria-prima, a produção de suco recuou para 851 mil toneladas na safra passada, enquanto as vendas atingiram 1,135 milhão. Mas a queda foi menor que a prevista pela CitrusBR. Em fevereiro, a entidade estimou que os estoques ficariam em 475 mil toneladas em 30 de junho.

Conforme a CitrusBR, a tendência de redução dos estoques de suco de laranja brasileiro vai continuar e o volume deverá ficar em 364 mil toneladas em 30 de junho de 2015. A associação estima que a produção de laranja em São Paulo e no sul de Minas será de 308,8 milhões de caixas de 40,8 quilos na temporada atual (2014/15) - 50 milhões destinadas ao mercado doméstico e 259 milhões para a produção de suco pelas empresas representadas pela CitrusBR e outras não filiadas à entidade. Se esses volumes forem confirmados, a produção total de suco poderá alcançar 973 mil toneladas. Já as exportações da commodity tendem a se manter em cerca de 1,1 milhão de toneladas equivalentes ao produto concentrado, sempre de acordo com dados da entidade.

Mesmo que os traders não tenham destacado a redução dos estoques no Brasil como um fator de sustentação aos contratos futuros do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) na bolsa de Nova York, apesar de o país responder por mais de 80% das exportações mundiais do produto, as cotações subiram. No radar do mercado, voltou a prevalecer ontem a estimativa de que a Flórida - que abriga o segundo maior parque citrícola do planeta, menor apenas que o de São Paulo - colherá sua menor safra de laranja dos últimos 29 anos, o que levará a um encolhimento dos estoques de suco também naquele país. Os papéis para novembro fecharam a US$ 1,5495 por libra-peso, alta de 65 pontos.

Ontem, essa menor oferta nos EUA sobrepujou mais um relatório da Nielsen que indicou queda do consumo de suco de laranja no grande varejo americano. Nas quatro semanas encerradas em 5 de julho, a demanda foi de 137,2 milhões de litros - menor nível em 12 anos. Agora, analistas consultados por agências internacionais afirmam que esse enfraquecimento da demanda já está precificado. Pelo menos até que as cotações voltem a recuar em Nova York.

Fonte: Canal do Produtor

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