Internacional

Emergentes puxam queda no comércio internacional

O comércio internacional continua frágil e caiu em volume pelo quarto mês no ano, mostra o CBP, o Centro de Analises Econômicas da Holanda, que acompanha de perto a evolução das trocas globais


Publicado em: 28/07/2015 às 18:00hs

Emergentes puxam queda no comércio internacional

Em maio, o comércio internacional sofreu queda de 1,2% comparado ao mês anterior, quando já tinha caído 0,2%.

Sinalização - No ano, as trocas globais só aumentaram 1,5%, sinalizando que mais uma vez não terá condições de alcançar tão cedo o crescimento de 5,7% médio de antes da crise global. A maior parte da desaceleração nas exportações veio do lado das economias emergentes. Na verdade, pela primeira vez o crescimento das vendas dos emergentes tem sido num ritmo menor do que daquela dos países avançados. É algo quase sem precedentes nos últimos anos, como observa Capital Economics.

Explicação - A fraqueza das exportações dos emergentes se explica em parte pela queda de preços das commodities e do dólar forte. Mas os exportadores de alguns emergentes mais integrados no comércio mundial poderão ser ajudados pela depreciação de suas moedas a partir de julho.

Primeiros cinco meses - Nos primeiros cinco meses do ano, o declínio nos emergentes ocorre sobretudo pela fragilidade agora de exportações de da Ásia e do leste da Europa. Na América Latina, a baixa nas vendas externas foi bem mais modesta.

Ásia - Os asiáticos são afetados pelo menor crescimento da China. O Instituto Internacional de Finanças (IIF) calcula que os vínculos comerciais da região com a China aumentaram nos últimos 20 anos. De tal forma que, em termos de valor agregado doméstico, as exportações para a China representam mais de 10% do total exportado na Ásia, principalmente por parte de Coreia, Filipinas e Indonésia.

Riscos de turbulência - Ninguém está prevendo aterrissagem forçada, ainda, da economia chinesa, a segunda maior do planeta. Mas os riscos de turbulência aumentaram e, mesmo no melhor cenário, o crescimento moderado vai continuar a diminuir a demanda por produtos do resto da Ásia, assim como de commodities da América Latina.

Inquietante - Por outro lado, alguns países da Europa central pode se beneficiar do desempenho da Alemanha, assim como o México do crescimento nos EUA. Na zona do euro, a desvalorização da moeda comum até agora resultou em modesto impacto sobre as exportações. Pelo ritmo das trocas, o comércio global poderá crescer até menos que o PIB mundial em 2015, algo inquietante.

Fonte: Informe OCB

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