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Em processo: Produção global de carne com qualidade

Próximas etapas do Programa de Mercados Emergentes (EMP) começam a ser planejadas a partir de resultados apresentados em Congresso no Brasil


Publicado em: 19/05/2014 às 14:30hs

Em processo: Produção global de carne com qualidade

Após a realização do Congresso da Carne – Conferência das Américas, novas fases do Programa de Mercados Emergentes (EMP) poderão acontecer no Brasil, Colômbia, Nicarágua e Honduras. O programa com foco na pecuária de corte é uma iniciativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em parceria com a CRI Internacional, e que teve apoio da CRI Genética Brasil.

Segundo o gerente de desenvolvimento global da CRI Internacional, Dean Gilge, a partir das ideias e conclusões obtidas pelos representantes dos países envolvidos durante as visitas e o congresso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), juntamente com outras empresas, entre elas, a já parceira CRI, pretende agora ir mais além para cooperar efetivamente com a pecuária das Américas.

Uma possibilidade por parte da CRI, segundo Dean, é propor um projeto para o USDA que inclua exportação de sêmen para determinados grupos, por exemplo. Mas, para que se alcance os resultados almejados, é importante, primeiramente, que os produtores e processadores de carne desses países estejam alinhados. “É esperado uma situação em que o frigorífico exija um produto superior ao pecuarista e este, ao entrega-lo à indústria, seja mais bem remunerado. Assim, o esforço para aprimorar a genética do rebanho e o sistema produção terá mais sentido para a ponta inicial”, explica.

De acordo com Orlando Baez, superintendente federal no Mato Grosso do Sul do MAPA, o órgão apoia iniciativas como o EMP, que “promove espaços de discussão e integração entre países” e vê como positivo o fato de incluir Honduras, Colômbia e Nicarágua, para que os demais países da América Central e do Sul também possam introduzir modelos de negócio como os que o Brasil já desenvolve. “Somos hoje o maior exportador de carne bovina no mundo, dominando 33% das exportações, por isso somos uma peça importante do xadrez”. Baez fala ainda sobre as exportações para os EUA. “O Brasil exporta apenas carne processada para o mercado americano. A grande luta, que deve avançar em 2015, é para conseguir atingir o mercado americano com carne In Natura. Para isso, a questão dos problemas sanitários, como a febre aftosa, deve ser eliminada e a ação do governo deve ser pesada nesse sentido”, conclui.

O Congresso

Depois de dois anos visitando países produtores de carne bovina na América Central e do Sul para o Programa de Mercados Emergentes (EMP), a comissão avaliadora americana da Cooperative Resources Internacional (CRI), que apoia o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), esteve no Brasil para apresentar os relatórios das visitas à Colômbia, Honduras e Nicarágua. O Congresso da Carne aconteceu em Campo Grande (MS) no mês de abril e reuniu representantes ligados a diferentes pontos da cadeia produtiva dos cinco países.

O EMP

O Programa do governo americano tem o objetivo expandir as relações comerciais com economias em desenvolvimento. Além disso, busca estudar e assessorar essas regiões para possíveis parcerias na produção de alimentos. No caso do Brasil, Nicarágua, Honduras e Colômbia, a pecuária de corte é o foco do EMP.

 

Fonte: Berrante Comunicação

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